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29 dias: mesmo com salário cortado, metalúrgicos da Neodent mantém greve por melhores condições de trabalho

Empresa também cortou o transporte. Na tarde de ontem (30), foi realizada ação no setor de odontologia da UFPR, para denunciar o descaso da empresa com os trabalhadores

A greve dos trabalhadores da Neodent ganhou um novo capitulo neste 29º dia de paralisação: em retaliação à greve por melhores condições de trabalho, a Neodent, de maneira baixa e arbitrária, cortou o salário e a van que transporta os trabalhadores para a empresa. Porém, a tentativa da empresa de minar a mobilização foi por água abaixo, revoltados, os trabalhadores não se intimidaram e foram protestar no portão da fábrica declarando que a greve continua. O golpe baixo, um atentando aos direitos humanos e trabalhistas, mostra o verdadeiro pensamento da  Neodent sobre o trabalhador.

Ontem à tarde foi realizada uma ação no setor de odontologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para denunciar o descaso da Neodent com as reivindicações dos trabalhadores: Foi afixado nos murais e distribuído entre os professores e estudantes, um jornal que desmacara a falsa imagem de empresa responsável que a Neodent tenta passar para a mídia. Professores, que dizem ter estudado com o presidente da empresa, Geninho Thomé, e os alunos ficaram abismados com a forma como a Neodent trata seus trabalhadores. Uma estudante, que pediu para não ser identificada, resumiu bem a impressão que ficou a respeito da empresa: “A Neodent, que era pra ser um orgulho para nosso estado, está se tornando uma vergonha pelo jeito que está tratando o pessoal (trabalhadores).”

Na ultima quinta (25), os metalúrgicos quebraram o recorde de maior tempo em estado de greve já registrado nas empresas da base do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC). Já são 27 dias parados, o que a torna a greve mais longa da categoria no Estado, superando as greves da Volkswagen, em 2009, e da CNH, em 1989, ambas com 21 dias.

A indignação dos trabalhadores se deve ao posicionamento da empresa, que se recusa a iniciar negociação sobre a data base dizendo que não tem condições financeiras, mesmo com um faturamento de R$ 230 milhões previsto para esse ano.

Além do reajuste salarial, os metalúrgicos querem iniciar negociação sobre abono salarial, vale-mercado, piso salarial, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e redução de jornada de trabalho, benefícios que já são concedidos por várias empresas menores ou do mesmo porte da Neodent.

A Neodent possui filiais em diversos  estados brasileiros,  exporta para vários países, entre eles: Estados Unidos, México, Portugal, Argentina, Marrocos e tem representantes espalhados nos cinco continentes. Até 2015, o objetivo da Neodent é dominar 10% do mercado mundial no setor de próteses.

Apoio internacional

A luta dos metalúrgicos da Neodent começa a despertar a atenção das organizações internacionais de defesa do trabalhador. A Federação Internacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (Fitim) emitiu nota de solidariedade à luta dos trabalhadores e repudiou a atitude da Neodent em não se importar com as reivindicações dos metalúrgicos por melhores condições de trabalho.

Confira mais fotos de hoje aqui.

Em breve, fotos da ação na UFPR.

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