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Metalúrgicos denunciam que Volkswagen não negocia apenas por questão política

Segundo Sindicato, empresa está mais preocupada em agradar os acionistas e por isso privilegia a fábrica de São Paulo, mesmo com a produtividade no Paraná sendo maior.

Em coletiva realizada hoje à tarde, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba e o Dieese denunciaram que a Volkswagen, localizada em São José dos Pinhais, não quer negociar a Participação nos Lucros e Resultados 2011 por uma questão meramente política.  Segundo o SMC , a empresa se aproveita dos incentivos fiscais que o estado concede para investir em outras plantas pelo país, não garantindo retorno ao trabalhador  do Paraná. “ Estão faltando com a verdade nos números porque não tem argumentos, não tem critérios para negociar, estão querendo enquadrar o trabalhador, criando uma posição política para justificar os R$ 6 bilhões de reais que estão investindo numa fábrica deficitária no ABC. É uma forma de agradar aos acionistas da empresa. Essa é a única explicação. Produzimos 50 % mais do que no ABC, então não tem lógica pagar menos para o trabalhador do Paraná.”, disse o presidente do SMC, Sérgio Butka, acrescentando, ainda, que a montadora está criando uma situação para forçar a greve e, com a fábrica vazia, poder fazer reestruturação interna sem ter que pagar salários, a custo zero.

O Dieese apresentou dados que comprovam que a montadora pode pagar até mais do que está sendo pedido pelos trabalhadores: A produção média da planta do Paraná é de 60 carros por trabalhador enquanto em São Paulo a média é de 40 carros por trabalhador. Já em relação ao valor adicionado (riqueza produzida por cada trabalhador), a média no Paraná é de   562 mil contra R$ 230 mil de São Paulo.

“Nós temos em São José a planta com maior índice  de produtividade e lucratividade da Volkswagen no Brasil. São números que comprovam a eficiência  e  competitividade da planta  (fábrica) de São Jose dos Pinhais, por isso não entendemos porque um tratamento diferenciado  nos pagamento da Participação nos Lucros e Resultados.”, disse o economista do Dieese, Cid Cordeiro.
 
Fábrica está operando com 110% da capacidade normal

O SMC refutou o argumento dado pelo presidente da Volkswagen do Brasil de que a PLR em São Paulo é maior porque a empresa tem aumentado a produtividade. “ Esse aumento na produção em São Paulo acontece porque a empresa acabou de implantar o 3º turno lá, coisa que aqui já acontece desde 2005. Faz cinco anos que a fábrica de São José está operando 110% da  capacidade, ou seja, acima do normal.”, disse Sérgio.  Segundo o SMC, a fábrica de São José foi projetada para produzir 200 mil unidades por ano, porém, a cinco anos está operando com capadidade máxima,  com uma produção  nesse período  de 220 mil carros anualmente.

O SMC também denunciou que, devido a esse ritmo frenético, a Volkswagen, é a empresa que mais tem trabalhadores afastados pelo INSS: “São 581 trabalhadores que estão parados, sem condições de trabalhar devido ao descaso da empresa em só cobrar, cobrar, cobrar.”, continuou Sérgio.

SMC está aberto para negociação

O SMC também fez questão de deixar claro que está aberto para negociação seja aonde for. “ Já deixamos claro para a sociedade, para a justiça e para a própria empresa a nossa intenção de sentar para conversar. Não fomos nós que divulgamos na imprensa que preferimos manter a greve a negociar”, disse Sérgio, repercutindo a declaração que o presidente da Volks do Brasil, deu ao jornal O Estado de São Paulo, nesta segunda (09).

“Se querem negociar com mediação da Justiça do Trabalho, vamos negociar, porém só vamos aceitar um acordo se a empresa cumprir o que for determinado pela justiça. Vamos mostrar ao tribunal que a Volks está usando o dinheiro de incentivos fiscais,dinheiro púbico do Paraná, para investir em plantas de outros estados e provar com números que a empresa não que conceder o que os trabalhadores querem de PLR por pura birra.” Concluiu Sérgio Butka.

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