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Paraná “tropicaliza” tecnologia japonesa

A Jtekt, de São José dos Pinhais, participa do desenvolvimento do primeiro sistema de direção elétrica feito no Brasil. Produção começa em 2014

O novo Toyota Corolla, que chega ao mercado brasileiro em 2014, será o primeiro carro equipado com uma direção elétrica desenvolvida, testada e produzida no Brasil. Embora o projeto tenha nascido no Japão, parte de seu desenvolvimento e toda a fase de testes e aprovação ficaram a cargo do novo centro tecnológico da Jtekt, instalado ao lado da fábrica da empresa, em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba). A produção em série deve começar em março do ano que vem.

Em funcionamento desde meados de 2012, o centro tecnológico será inaugurado na próxima terça-feira, com a presença de dirigentes globais da companhia, que tem origem japonesa e é controlada pela Toyota. Ele recebeu investimento de R$ 15 milhões e é parte da estratégia da companhia de “tropicalizar” e produzir direções elétricas no Brasil – outros R$ 87 milhões foram destinados à ampliação da área fabril, já concluída, e à importação da nova linha de montagem, que desembarcou no país na semana passada.

Com a expansão, a fábrica paranaense, hoje capaz de fabricar 1,3 milhão de sistemas hidráulicos por ano, poderá chegar a 1,8 milhão de unidades, entre hidráulicas e elétricas. Mais suave e precisa, a direção elétrica consome 3% menos combustível, pois, sem correias e mangueiras, não “rouba” energia do motor.

Mais rápido e barato
A instalação de um centro tecnológico junto à fábrica permitiu acelerar e baratear a chamada “tropicalização” – processo de adaptação, ao mercado brasileiro, de produtos concebidos no exterior. Antes, boa parte dos testes tinha de ser feita na matriz, o que exigia o envio de peças do Brasil para o Japão a cada alteração no projeto, com os respectivos custos de transporte, impostos e mão de obra.

“Na melhor das hipóteses, um produto demorava duas semanas para chegar à matriz. Agora, fazemos tudo aqui, inclusive protótipos de partes do sistema de direção”, conta o diretor comercial e de engenharia da Jtekt no Mercosul, Lucio Pinto. “Assim, se criarmos um protótipo de componente, para aprimorar o projeto original, ele pode ser testado e validado aqui mesmo.”

Conteúdo local
O executivo lembra que transferir para o Brasil parte do desenvolvimento de um produto significa elevar seu conteúdo nacional, o que interessa a todas as montadoras instaladas no país. O regime automotivo Inovar-Auto, criado no ano passado, obriga as empresas a atingir índices mínimos de inovação tecnológica local e nacionalização de peças.

Sistema é avaliado em laboratório e pista de testes
Antes de ser aprovado, um sistema de direção desenvolvido pela Jtekt passa por uma extensa série de avaliações, dentro do centro tecnológico e, do lado de fora, em uma pista de testes com nove tipos de pavimentos, que vão do asfalto liso à estrada de chão cheia de pedras.

Um dos equipamentos mais curiosos é o que avalia a durabilidade do conjunto de direção. Como se fosse um motorista incansável fazendo um zigue-zague sem fim, o robô gira a direção de um lado para outro, 24 horas por dia, fazendo mais ou menos 120 mil movimentos ao longo de duas semanas. Com isso, simula o desempenho da direção de um carro que tivesse percorrido algo como 100 mil quilômetros.

A máquina que examina a “durabilidade climática” da direção faz serviço muito parecido, mas com um requinte: ela fica dentro de uma câmara que faz a temperatura variar de 40 graus negativos a 140 positivos. Em outras bancadas, a direção é submetida a testes de impacto, tração, ruído e outras.

Fonte: Gazeta do Povo – 03/04/2013

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