Em audiência pública realizada na Câmara Municipal de Fazenda Rio Grande nesta quinta-feira (13) a Força Sindical do Paraná entregou o projeto Março Laranja para as lideranças da região. O projeto foi recebido pelo presidente da Câmara, Elidio Ratinho (PP) que ressaltou a importância da iniciativa. “Parabenizo a Força-PR por este projeto para que a mulher seja respeitada de verdade”, disse Ratinho.

Outras autoridades também fizeram um balanço positivo sobre o debate. “Iniciativas como esta precisam ser replicadas no Brasil inteiro e mais uma vez Força Sindical mostra um compromisso com a agenda feminina”, ressaltou a Secretaria da Mulher de Curitiba, Roseli Isidoro. “É uma verdadeira corrente, um debate como este só fortalece a luta das mulheres”, analisou Ana Lucia Pacheco de Andrade, diretora de politica para as mulheres de Fazenda Rio Grande.

A central foi representada pelo presidente da Força-PR, Nelson Silva de Souza, o Nelsão, pela assessora Darlene Armstrong e pelo diretor do SMC (Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba) Marco Antonio da Silva, o Marcão.

A audiência é uma das ações do projeto “Março Laranja”, criado pela Força PR e que tem como objetivo reivindicar junto ao poder público, a criação/instalação de mecanismos de proteção à mulher, tanto em nível municipal como estadual. São eles: Secretaria Municipal de Políticas para a Mulher, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Delegacia Especializada em violência contra a Mulher (órgão estadual) e Defensoria Pública da Mulher (órgão estadual).

A Força PR já promoveu audiências públicas sobre o tema em Campo Largo, São José dos Pinhais, Colombo, Matinhos, Araucária e Pontal do Paraná. As próximas acontecem em Maringá (19/03) e Curitiba (27/03). “É uma força-tarefa que criamos para discutir a situação da mulher e cobrar do poder público a instalação dos mecanismos de proteção”, afirma o presidente da central, Nelson Silva de Souza, o Nelsão.

Números alarmantes

De 2009 a 2011, um total de 1.039 mulheres foram mortas no Paraná por feminicídio (morte em razão de gênero), média de 354 por ano. A cada quatro minutos, uma mulher é vítima de agressão no país. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo mostra ainda que o Paraná é o quarto estado brasileiro com maior número de feminicídios: 7,24 a cada 100 mil. O primeiro é o Espírito Santo, com 11,24 mortes a cada 100 mil. “A situação chegou a um ponto crítico. Não podemos mais conviver com essa situação de extrema violência contra a mulher. Precisamos de atitudes concretas para combater o problema”, afirma o presidente executivo da Força Sindical do Paraná, Sérgio Butka.

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