As vendas nos supermercados cresceram 6,66% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado e avançaram 5,66% frente ao mês de junho. No acumulado no ano, o setor registrou crescimento de 5,47% nas vendas, já deflacionadas pelo IPCA. Os dados são da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras).

Ao comparar esse desempenho com o da indústria, que, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), deve recuar 10,7% em julho ante o mesmo mês do ano passado, o consultor econômico da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, observou que os dados são contraditórios.

"A explicação está no crédito, que influi mais nas vendas de bens duráveis. Já os bens não duráveis estão sendo beneficiados pela estabilidade no emprego e na massa salarial". Com relação aos bens duráveis, Freitas, que já foi diretor do Banco Central (BC), enfatizou que os juros ainda estão muito altos no país, apesar do alongamento do prazo dos financiamentos.

Em valores nominais, o Índice de Vendas da Abras apresentou crescimento de 11,46%, em relação ao mesmo mês do ano anterior, e alta de 5,92% sobre o mês anterior. No acumulado dos sete primeiros meses, a alta é de 11,10%. "O recuo nos índices de inflação também estão ajudando a aumentar o poder de compra dos consumidores", acrescentou o consultor da CNC.

Fonte: Vermelho