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Recuperação da economia passa por reajuste acima da inflação para metalúrgicos

A recuperação do setor automotivo e de autopeças motiva metalúrgicos a reivindicar aumento salarial acima da inflação. Como as negociações são feitas separadamente, divididas em dez grupos, há expectativas diferentes. A retração de companhias dedicadas à exportação é um desafio a mais. Outras empresas, porém, já mostram sinais claros de melhora.

"O Brasil, como outros países do mundo, atravessou uma fase difícil, mas agora está reagindo muito bem", avalia Valmir Marques, o Biro Biro, presidente da Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT-SP. Ele elogia a política econômica adotada pelo governo federal que promoveu desoneração tributária para setores da indústria, especialmente o automobilístico, de máquinas e eletroeletrônicos, com contrapartida de manutenção do nível de emprego. "(O governo) atendeu a uma reivindicação do movimento sindical, e tornou nosso país referência no combate à crise", comemora.

Para Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, não existe cenário bom para uma negociação salarial. "Se o momento está bom, alegam que aumentar salário reduz o crescimento; se está em crise, é porque agrava a crise. Quer dizer, se está bom, é porque está bom, e se está ruim é por estar ruim", ironiza.

Nobre reconhece, porém, que o momento é complexo, porque a crise existe e alguns setores voltados à exportação, como o de caminhões e de ônibus, sofreram impactos maiores do que outros, voltados ao mercado interno. "Se temos uma recuperação nos últimos seis meses é por causa do aumento do poder de compra das famílias que ascenderam à classe média, as campanhas salariais com aumento real e a política de reajuste do salário mínimo", avalia. "Aumento abaixo da inflação é uma medida recessiva", completa.

"Temos enfrentado muitas dificuldades pela desculpa da crise financeira usada pelas empresas", critica José Francisco Sales, diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. "Vamos tentar no convencimento, na mesa de negociações, mas se precisar vamos para greve", promete.

Embraer
Uma das principais exportadoras do país, a Embraer promoveu, no início de 2009, a demissão de 4 mil trabalhadores. Apesar de ação junto à Justiça do Trabalho e das intervenções do Ministério do Trabalho e Emprego, as dispensas foram mantidas. A negociação em São José dos Campos, assim como em Campinas, Limeira e Santos, é feita separadamente do restante do estado, conduzidas por sindicatos associados à Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas).

Segundo José Francisco Sales, diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, as negociações com a empresa não foram iniciadas. A pauta de negociações é a mesma que dos outros setores, e inclui a reivindicação de 14,65% de reajuste salarial, além de cláusulas sociais, como a manutenção da estabilidade no emprego para trabalhadores acidentados e doentes ocupacionais.

Fonte: Brasilatual

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