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Unidade e estratégia dos trabalhadores derrotam Volks-Audi do Paraná

Acabou na tarde desta quinta, 24 de setembro, a greve na Volkswagen-Audi de São José dos Pinhais (PR). Acabou com vitória dos trabalhadores. E vitória efetiva, com ganhos econômicos imediatos e futuros, além de alteração na política interna de salários da arrogante multinacional alemã.

Em assembléia na porta de fábrica, os 3,5 mil trabalhadores aprovaram a proposta negociada entre o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba e a direção da empresa, voltando ao trabalho após 17 dias de paralisação. A greve havia sido iniciada dia 3 de setembro.

A oferta aceita saiu de uma reunião entre Sindicato e montadora que começou ontem (23) às 16 horas e terminou quinta (24) no início da tarde.

Conquistas - Os metalúrgicos conquistaram 8,3% de reajuste salarial a partir de dezembro. O índice é composto por 3,7% de aumento real e 4,44% referente à correção de 100% do INPC. Também será pago abono de R$ 2,8 mil, sendo R$ 2 mil dia 1º de outubro e R$ 800,00 em 3 de novembro. O acordo prevê ainda a elevação no número de “steps” de cinco para sete a partir de fevereiro de 2010, o que representa um ganho real de até 8%. Outra conquista é o aumento do adicional noturno de 20% para 25%, também a partir de fevereiro.

O acordo definiu que os dias de greve (14 dias úteis, tirando os três sábados de hora extra) serão descontados um por mês a partir de outubro. Em dezembro (quando sai o 13º salário), fevereiro e maio (meses em que é paga a PLR), haverá o desconto de dois dias.

O presidente do Sindicato, Sérgio Butka, avaliou o movimento: “Não foi fácil. Foram três semanas de intensa mobilização em porta de fábrica, reuniões de negociação e audiências no Tribunal. Mas, graças à luta dos trabalhadores, conquistamos o aumento, o adicional noturno, o abono maior e também a elevação no número de steps, uma antiga reivindicação dos trabalhadores”.

Nos 17 dias de paralisação, a Volks deixou de produzir 14 mil veículos.

Receita – O consultor sindical João Guilherme Vargas Neto recorda que o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba foi uma das primeiras entidades sindicais a enfrentar a crise no começo do ano, por meio de acordo com a Renault. O acordo suspendia os contratos de trabalhos, garantindo cursos de qualificação para os trabalhadores.

Vargas Neto avalia que a vitória da greve resulta da confiança dos trabalhadores no Sindicato e do Sindicato nos trabalhadores. Ele também chama atenção para o ressurgimento de ações de solidariedade, por meio de fundo de greve da Força Sindical. Segundo o consultor, o fundo passou à Volks-Audi a ideia de que a greve tinha uma forte rede de apoios e que, portanto, era grande a capacidade de resistência dos trabalhadores.

Fonte:Agência Sindical

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