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Lojas cheias no último fim de semana sem IPI

O último fim de semana com isenção total de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os automóveis foi de muito movimento nas concessionárias de Curitiba – com filas de até duas horas para ser atendido. E quem procurou por modelos populares ainda teve de abrir mão de algumas preferências de cor ou opcionais – e em alguns casos até da marca – para aproveitar a isenção do imposto. A volta do IPI será gradual. A partir de quinta-feira, 1.º de outubro, os carros com motor 1.0, hoje com alíquota zerada, passam a ser taxado em 1,5%. Em novembro, a alíquota passa para 3% e em dezembro, para 5%, voltando ao normal, 7%, em janeiro de 2010.

“O que ainda temos no estoque são modelos mais completos. Sandero, Clio e Logan básicos você não consegue mais comprar com IPI zero”, diz o gerente de vendas da Fórmula Renault da Rua Marechal Floriano, Felipe Allegretti. “O que a gente percebeu é que as pessoas circularam entre as várias concessionárias. Queria um Clio e não achava, ia tentar um Palio, por exemplo.” Mas o cenário era o mesmo em revendas Fiat ou Ford: muita gente na loja, poucos carros no pátio. “Alguns modelos, como o Ka, já não temos mais. E Fiesta e Fox, só temos disponíveis os mais completos”, conta o gerente de vendas da Ford Center, Márcio Machado. Só no sábado a loja vendeu 24 carros zero quilômetro – em fins de semana normais a média fica entre 15 e 20 carros.

A gerente de vendas da Fiat Florença, Sylvia Kuhlmann, diz que foi impossível atender a todos os clientes que passaram na loja no fim de semana. A venda de carros no sábado e ontem foi 40% maior do que a de um fim de semana normal, mesmo com as limitações de estoque ainda sem imposto: a concessionária também não tem mais modelos básicos disponíveis, nem é possível garantir o pedido para a fábrica até quarta-feira. “O mercado está muito aquecido e com toda a certeza há uma grande influência do IPI”, diz a gerente, comemorando recorde de vendas na última quinzena em toda a história da loja. “Muita gente abriu mão de determinada cor ou comprou um carro sem o opcional que queria para não pagar o imposto.”

O economista Reinaldo Oliveira, no entanto, não quer abrir mão dos opcionais – ao contrário, quer aproveitar o desconto do IPI para comprar um carro mais completo. “Vou economizar até R$ 3 mil. É o preço de um câmbio automático, por exemplo”, diz. “Não tenho pressa para receber o carro, mas quero negociar um bom preço.”

Dispostos a garantir a isenção do imposto, ele e a mulher, a também economista Ida Oliveira, abriram mão da compra de um Honda Civic, sem estoque disponível, e procuravam ontem um Fiat Linea. “A gente não sabe se o governo não vai acabar prorrogando a isenção ainda mais. Mas na dúvida, vamos comprar já. O benefício acaba acelerando a compra”, diz Ida.

A analista de sistemas Va nessa Rodrigues também acelerou a compra por conta da isenção do imposto. Seu sonho de consumo, um Ka vermelho, vai custar cerca de R$ 26 mil com IPI zero. A economia em relação ao mês que vem, quando o carro terá alíquota de 1,5%, será de R$ 390. Se fosse pagar o imposto completo, desembolsaria R$ 1,82 mil a mais. “Minha intenção era juntar dinheiro para comprar depois. Mas, acabei mudando de ideia por causa da diferença de preço”, diz. “O que eu quero mesmo não tem mais em estoque. Mas estou tentando negociar para garantir o preço.”

Fim de ano

Essa corrida às lojas não deve prejudicar as vendas de fim de ano na opinião dos revendedores. Para o gerente Allegretti, da Fórmula Renault, as montadoras vão continuar com ações de incentivo ao consumo, para compensar o valor do IPI. “Va mos continuar aproveitando o bom momento para alavancar venda com nossos esforços de marketing. A montadora vai compensar com taxas melhores, cortesias ou bônus. E logo vem o 13.º salário. O terceiro semestre é, tradicionalmente, muito bom para o mercado.” A queda mais brusca nas vendas, imagina o gerente, deve acontecer no início de 2010. “Aí não tem mais redução de IPI e ainda tem IPVA, IPTU e material escolar.”

Fonte: Gazeta Online

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