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Setor de máquinas inicia recuperação

O setor de máquinas e equipamentos registrou, em setembro, aumento de 4,5% em seu faturamento real - descontada a inflação - frente a agosto, alcançando R$ 6,2 bilhões. Porém, na comparação com o mesmo mês de 2008, a queda é de 25,2%.

Isso é o que aponta a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Parte da melhora do desempenho do segmento se deve à leve recuperação das exportações, que cresceram 9,6% em relação a agosto, atingindo US$ 642 milhões. Da mesma maneira, entretanto, o déficit ainda é grande ante setembro do ano passado, com recuo de 65,6%.

Segundo o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, existe uma tendência clara de recuperação. "O fundo do poço foi em janeiro. Estamos com níveis de faturamento 5% abaixo do registrado em 2007 e 5% acima do obtido em 2006. Mas ainda temos muito terreno para recuperarmos o desempenho do ano passado", afirmou Aubert Neto, referindo-se ao acumulado entre janeiro e setembro deste ano.

Neste período, o faturamento real possui queda de 22,8% em comparação ao gerado entre janeiro e setembro de 2008, somando R$ 46,64 bilhões. "Dos 30 setores representados pela Abimaq, apenas dois obtiveram crescimento (bombas e motobombas, com 15,4% e bens sob encomenda, com 6,6% - ver gráfico abaixo) e isso só ocorreu porque são ligados à Petrobras."

De acordo com Aubert Neto, existem alguns setores que encontram-se na fase pré-UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). É o caso de máquinas e ferramentas, com queda de 48,5% e máquinas para madeira, recuo de 63,8%, cuja importação do item está crescendo e condenando o setor.

"Os níveis de importação estão superiores a 2007 e isso de deve ao efeito do câmbio (dólar desvalorizado frente ao real), que deixa o nosso produto até 30% mais caro que o produzido na China. Quando o dólar está muito baixo, eu já trago o balde pronto em vez da máquina injetora para fabricá-lo", disse.

Este é, inclusive, um dos motivos para que os Estados Unidos, maior comprador de produtos brasileiros, tenham reduzido substancialmente o volume de suas compras. De janeiro a setembro, caiu em 59,3% seus pedidos em relação ao mesmo período do ano passado, com US$ 1,047 milhões. "Metade disso se deve ao fato de eles realmente estarem parando de comprar. A outra metade se deve à substituição dos nossos produtos pelos dos chineses, porque os nossos estão muito caros", justifica o presidente da Abimaq.

Quanto às vendas de máquinas e equipamentos ao Exterior, que representam 30% do faturamento do segmento, de janeiro a setembro foram totalizados US$ 5,615 milhões, retração de 39,4% frente ao mesmo período do ano passado.

Aubert Neto assegurou que há três fatores primordiais para o setor: câmbio, carga tributária e taxa de juros. "Desses, o governo mexeu apenas nos juros, o menor fator. "Existem países com taxas que variam entre 1,75% a 4% ao ano. Aqui, normalmente são 25% anuais. Não dá para competir", desabafou, referindo-se à medida provisória de baixar os juros de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para 4,5%, que acaba em dezembro.

Fonte: Diário do Grande ABC

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