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Montadoras preveem volta do emprego aos níveis pré-crise até junho

Apenas no final deste semestre as montadoras devem voltar a ter um quadro de pessoal semelhante ao de outubro de 2008, quando havia 113.127 funcionários contratados, sem considerar os empregados no setor de máquinas agrícolas.

Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a indústria automobilística emprega atualmente 111.681 pessoas, 1.446 vagas a menos do que no pico. "Há vários anúncios de contratação que ainda não foram computados. Esse número vai crescer", disse Jackson Schneider, presidente da Anfavea, que prevê a recomposição do quadro para maio ou junho.

O dirigente explica que há trabalhadores contratados independentemente da quantidade de carros que são fabricados, como aqueles para a manutenção de máquinas, o que justificaria o descompasso entre a produção e a geração de empregos.

Schneider destaca que o nível de contratação voltou a crescer em junho do ano passado. A partir de abril daquele ano, a Anfavea e os principais sindicatos fizeram um acordo para evitar novas demissões, que deveriam acontecer apenas por PDV (programa de demissão voluntária) ou se previamente discutidas com as entidades.

A produção do setor, no entanto, já se recuperou e registrou recorde em março e no primeiro trimestre deste ano, com a fabricação de 330.980 unidades no mês passado, de acordo com os dados que englobam automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões.

Os licenciamentos, que também registraram a maior marca nos dois períodos, atingiram uma média diária de 15.380 veículos --quantidade também histórica. Para Schneider, com o fim da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) no mês passado, esse número deve "voltar para patamares da ordem de 13.500 a 14 mil a partir de junho", já que abril e maio devem ficar abaixo disso em consequência da antecipação de vendas em março.

A redução do IPI, concedida em dezembro de 2008, foi uma das principais medidas tomadas pelo governo federal para combater os efeitos da crise econômica e estimular as vendas no setor.

A medida surtiu efeito, e os emplacamentos apresentaram um acréscimo de 11,4% no ano passado ante 2008, registrando o terceiro recorde anual consecutivo.

Projeções

A Anfavea mantém as previsões de crescimento para o ano, apesar do fim do benefício fiscal, já que as condições gerais da economia devem ser mantidas, referindo-se às condições de crédito e à confiança do consumidor.

A associação projeta alta de 6,5% nas unidades produzidas, chegando a 3,39 milhões. No caso das vendas, a estimativa é de nova elevação --o número bateu recorde em 2009--, para 3,4 milhões de unidades licenciadas (8,2%). As exportações, segundo a Anfavea, devem crescer 11,5%, para 530 mil unidades em 2010.

Aço

Questionado sobre o impacto do aumento do preço do aço para a indústria automotiva, o presidente da Anfavea afirmou que não é possível ainda avaliar todo o efeito, porque ainda á acordos entre mineradoras e siderúrgicas sendo fechados.

"Como isso será repassado aos consumidores, vai depender da estratégia de cada montadora", disse.

Sobre os vários recalls convocados pelo setor nos últimos meses, Schneider comenta que são "uma demonstração de respeito ao consumidor". Para ele, é positivo assumir a responsabilidade e corrigir o defeito. "Ruim é não fazer porque vai pegar mal", disse.

Fonte: Folha Online

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