Estudantes de Curitiba planejam grande ato contra o tarifaço
Fonte: Bem Paraná
Estudantes de Curitiba planejam realizar no dia 2 de março uma das maiores manifestações na Capital. Eles vão às ruas contra um possível aumento na tarifa de ônibus em Curitiba. Desde o final do ano passado a Urbs, que gerencia o transporte na Capital, alerta sobre a necessidade de subir a tarifa de R$ 2,20, em vigor desde 2009. Ontem, os estudantes que fazem parte da Rede Ampla Contra o Tarifaço, ocuparam a Tribuna da Câmara de Vereadores para pedir apoio no congelamento da passagem.
No Legislativo curitibano, os estudantes também realizaram o 3º Ato contra o Tarifaço — a primeira aconteceu na Praça Tiradentes, no final do mês passado, e a segunda na quinta-feira passada, quando foram convidados a falar na tribuna pelo presidente da casa, João Cláudio Derosso. Eles colheram assinaturas entre os vereadores no abaixo-assinado que pede a passagem mantida na tarifa atual.
Também procuraram a bancada de oposição ao prefeito Luciano Ducci na Câmara para pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público. A vereadora Professora Josete (PT) recebeu os estudantes e se comprometeu a estudar o tema.
Na semana passada a bancada petista na Câmara divulgou um estudo sobre a passagem de ônibus em Curitiba mostrando para onde foi o dinheiro da licitação onerosa realiada no ano passado. Dos R$ 252 milhões conseguidos na licitação, restariam apenas R$ 55 milhões, já que o resto dos recursos retornou para as empresas vencedoras a título de indenizações, multas e outros pagamentos.
Durante a divulgação do estudo, os vereadores do PT adiantaram que esperavam explicações da Prefeitura sobre esses recursos, e a partir disso estudar ações mais rigorosas, como entrar na Justiça ou mesmo tentar uma CPI. O problema da oposição é que são apenas cinco vereadores oposicionistas, três do PT e dois do PMDB.
Ontem à noite, os estudantes ligados aos Diretórios Centrais de Estudantes (DCEs) que participam da Rede Ampla se reuniriam para preparar a mega-ato de março. Segundo representantes do DCE da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o movimento está em franco crescimento. Além de sindicatos e movimentos sociais que já se articulam, os estudantes secundaristas de Curitiba também devem aderir nos próximos dias.