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Classe C ganha 39,5 milhões de pessoas, diz FGV

Do início de 2003 até maio deste ano, 48,7 milhões de pessoas entraram nas classes A, B e C no Brasil, quase a população da Espanha, um crescimento de 47,94%, aponta pesquisa divulgada nesta segunda-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Somente na classe C foram 39,5 milhões de novos integrantes no período, um aumento de 46,57%. Paralelamente, 24,6 milhões de pessoas deixaram a classe E, queda de 54,18%, e 7,9 milhões, a classe D, recuo de 24,03%, o que mostra que a desigualdade no país vem caindo, afirma o professor Marcelo Cortes Neri, coordenador da pesquisa.

“Você está falando de crescimento em cima de crescimento (...). Ela [classe C] já cresceu porque a renda do brasileiro vem crescendo desde o fim de 2003, e a desigualdade vem caindo há 10 anos. Esses são fatores fundamentais para este cenário de crescimento. O terceiro fator é a estabilidade, seja a inflacionária, seja o choque de confiança que foi dado aos mercados.”

De acordo com Neri, além do crescimento da renda e da queda da desigualdade, a educação é outro fator que colabora para o aumento da classe C. "A nossa pesquisa mostra que, só pelo efeito da educação, se tudo se mantiver constante, a renda do brasileiro cresceria 2,2 pontos percentuais por ano, o que é bastante". Ele citou ainda programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, que foi importante para a classe E, e o aumento do salário mínimo, importante para a classe C.

Do total de novos integrantes das classes A, B e C, 13,3 milhões passaram a fazer parte dessas fatias sociais nos últimos 21 meses encerrados em maio, salienta o professor, o que mostra que o crescimento continua.

Crescimento do PIB versus alta da renda

A pesquisa revela ainda que a renda do brasileiro cresce em proporções maiores que o Produto Interno Bruto do país, o que diferencia o Brasil de outros países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

De 2003 a 2009, a taxa de crescimento do PIB per capita foi, em média, de 2,88% ao ano, sendo superada em 1,83 ponto percentual ao ano pela renda da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), que foi de 4,71% ao ano.

Entre as duas últimas Pnads, essa relação quase dobra, diz a pesquisa. O PIB per capita recúa 1,5% em 2009, contra um crescimento de 2,04% na renda da Pnad.

Na China e na Índia, o movimento foi oposto, disse o professor, pois o PIB cresceu mais do que as pesquisas domiciliares daqueles países.

Desigualdade

As desigualdade de renda no Brasil vem caindo desde 2001, aponta o estudo. Entre 2001 e 2009, a renda per capita dos 10% mais ricos, aumentou em 1,52% ao ano, enquanto a renda dos mais pobres cresceu a uma taxa de 6,79% ao ano. De acordo com o Neri, esse cenário é outro fator que reflete a diferença do Brasil em relação aos demais países dos Brics, onde a desigualdade, embora mais baixa, segue subindo, diz o estudo.

O estudo mostra que a cidade brasileira com mais integrantes da classe A (30,7%) é Niterói, no Rio de Janeiro. Em segundo lugar vem, vêm Florianópolis (27,7%), Vitória (26,9%), São Caetano (26,5%), Porto Alegre (25,3%), Brasília (24,3%) e Santos (24,1%).

Na outra ponta, a cidade com menos integrantes da classe A está Água Nova (RN) e Assunção do Piauí (PI), ambas com 0%, Quixaba (PE), com 0,03%, Logradouro (PB) e Venha-Ver (RN), ambas com 0,05%.

Otimismo brasileiro

De acordo com Neri, o Brasil é recordista mundial no que diz respeito à felicidade futura. Segundo pesquisa da FGV realizada com dados do Gallup World Poll, de 0 a 10, o brasileiro tem a média de 8,7 no que diz respeito à satisfação com a vida para 2014, superando todos os demais 140 países da amostra, cuja mediana é 5,6.

O professor ressalta ainda que o Brasil também se destaca nesse quesito em relação aos outros países dos Brics, no que diz respeito à felicidade futura em 2014: a África do Sul ficou na 46ª colocação, com 7,2; a China na 92ª colocação, com 6,4; a Rússia, no 119º lugar, com 6, e a Índia, na 128ª colocação, com 5,7.

Fonte: G1

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