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Paraná ainda não disputa fábrica da JAC

Apesar de problemas pontuais, o Paraná tem condições para se candidatar a receber o investimento da chinesa JAC Motors, que no início da semana anunciou a instalação de uma fábrica da montadora no Brasil. Pesam a favor do estado o polo automotivo existente na região metropolitana de Curitiba, o porto de Paranaguá e a proximidade da Região Sudeste, principal mercado consumidor do país. Entretanto, deficiências na infraestrutura e a força do sindicato dos metalúrgicos podem tirar o estado da concorrência. E, enquanto algumas prefeituras de outros estados já se mobilizam, o governo paranaense ainda não entrou na disputa pelo investimento. O local de instalação da fábrica deve ser definido em, no máximo, cinco meses.

A JAC pretende investir US$ 600 milhões (cerca de R$ 950 milhões) na fábrica, que terá capacidade para produzir 100 mil unidades por ano, em dois turnos diários, e deve entrar em operaçãoem 2014. Segundo a companhia, devem ser criados cerca de 3,5 mil empregos diretos e 10 mil indiretos.

Tática

A montadora chinesa ainda não se posicionou sobre o local de instalação – o que seria uma tática para receber as mais diferentes propostas de benefícios fiscais, na opinião da professora de Geografia Industrial do curso de Geografia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Olga Lúcia Firkowski.

A guerra fiscal, porém, pode ficar em segundo plano na batalha pela JAC Motors. Isso porque o sócio brasileiro da montadora pretende usar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e a instituição não é favorável ao acirramento da briga entre os estados, como lembra o consultor David Wong, vice-presidente da Kaiser Associates.

"É uma questão cultural dos investidores. A Chery, por exemplo, decidiu se instalar em Jacareí, no interior de São Paulo, com recursos chineses. O benefício fiscal não tem tanto peso para todas as indústrias, mas, no caso da JAC, como há investidores brasileiros, pode haver alguma relevância", pondera Wong.

Sem contato

A Secretaria de Estado da Fazenda informou que não foi contatada pela montadora e que ainda não tem uma posição sobre a fábrica. O assessor de promoção industrial e comercial da Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, João Percy Hohmann, diz que a secretaria tomou conhecimento do empreendimento pela imprensa. Segundo ele, o governo ainda não entrou em contato com a JAC Motors, mas essa hipótese não está descartada. "Mais tarde, poderemos fazer alguns contatos para colocar o estado na briga", diz.

Fonte: Gazeta do Povo

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