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Mercado vê fim do ciclo de corte do juro só em abril

Mercado vê fim do ciclo de corte do juro só em abril

O cenário de economistas do mercado financeiro sobre o futuro do ciclo de cortes na taxa básica de juros do Brasil continua tendo abril de 2012 como o provável mês de interrupção do processo de afrouxamento monetário iniciado pelo Banco Central (BC) em agosto. Esse é o retrato captado pelo Termômetro do serviço AE Projeções, da ‘Agência Estado’, que ouviu 39 instituições entre segunda-feira e ontem.

O levantamento também ratificou as avaliações de uma nova queda na reunião de janeiro do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorre na terça e quarta-feira da próxima semana.

Se comparado ao Termômetro divulgado às vésperas da reunião de novembro do Copom, o de janeiro mostrou tendência menos conservadora para o futuro dos juros e aumento da corrente dos economistas que apostam na continuidade do afrouxamento monetário. Em novembro, havia um número razoável de casas com previsão de interrupção do ciclo em janeiro ou em março.

Como de praxe, o Termômetro do AE Projeções não necessariamente trouxe as mesmas instituições consultadas no levantamento anterior. O intuito da coleta é mostrar se há uma migração relevante das diversas correntes de economistas para determinada tendência.

Na Link Investimentos, o economista Thiago Carlos migrou da corrente dos analistas que previam o fim do ciclo de cortes em janeiro para a dos que aguardam agora a última redução da Selic em abril. "Mudamos com o ambiente externo mais deteriorado", disse. "Apesar de alguma melhora nos dados dos EUA, a situação na Europa continua bastante incerta. Isso deve levar o BC a prosseguir com os cortes nas próximas reuniões."

Maior exemplo de mudança de cenário foi o da Ativa Corretora, que esperava, em novembro, o último corte. Agora, trabalha com uma expectativa de que o afrouxamento se estenda até julho. Para o diretor da instituição Álvaro Bandeira, o momento exige que o Copom mantenha o ciclo de baixas.

Na opinião de Bandeira, a taxa deve recuar até 9% ao ano em julho. Depois, no entanto, ele acredita que o BC vai iniciar um aperto monetário. "Pode ser que, no fim do ano, tenham de subir um pouco, dependendo das pressões inflacionárias e da expectativa de melhora da economia internacional."

Mais curto. Se algumas casas migraram para um terreno menos conservador em relação ao ciclo de cortes de juros, um movimento contrário também foi captado pelo Termômetro do AE Projeções. Um exemplo é o da Brookfield Gestão de Ativos, representada pelo economista Fernando Domingues.

Antes, ele esperava o ciclo com término em abril e, agora, aguarda a última redução na Selic em março. "Estamos de acordo com a comunicação recente do Banco Central, principalmente o último Relatório Trimestral de Inflação e um pouco a ata do Copom, nos quais foi sinalizado que havia maior desconforto no alongamento do ciclo", afirmou.

"De outro lado, se os dados da economia continuarem vindo mais fracos, pode ser necessária uma mudança de avaliação", acrescentou o analista, que trabalha com a Selic no nível de 10% no fim de 2012.

A despeito de fazer o caminho oposto ao do colega da Brookfield, o economista Marcelo Fonseca, da M. Safra, afirma que o "timing" sobre o fim do ciclo de afrouxamento será determinado por um ajuste fino que o Banco Central deve promover. "Vai depender da preferência do BC para decidir se para de cortar em março ou em abril. Depende de como vai querer encerrar esse movimento, de forma gradual, com cortes de 0,25 ponto, ou pouco um mais abrupta."

O economista prevê que o processo de queda vá culminar com a taxa em 10%, mas o mês exato, para ele, ainda é dúvida. Para a reunião do Copom em janeiro, sua expectativa é de redução de 0,50 ponto porcentual.

Não muito distante. Sobre o encontro de março, ele disse que ainda não está claro se o BC repete a decisão esperada para janeiro ou se começa a desacelerar o ritmo de baixa, aplicando mais duas quedas de 0,25 ponto em março e abril. Ele acredita, no entanto, que o Copom terá de elevar a taxa no segundo semestre, fazendo com que encerre 2012 em 10,50%.

Para Fonseca, as projeções nos cenários do BC mostram que há pouco espaço para ajustes adicionais. "O BC não sinalizou que vai parar imediatamente, mas em breve, um breve não muito distante. As projeções reforçam a mensagem daquele parágrafo (do Relatório Trimestral de Inflação)."

Fonte: Estadão

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