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Atividade econômica vai acelerar ao longo de 2012, diz Tombini

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reiterou nesta terça-feira (5) a avaliação de que o ritmo da atividade econômica no Brasil vai acelerar ao longo de 2012. A afirmação foi feita durante audiência pública conjunta da Comissão Mista de Orçamento do Congresso e outras cinco comissões da Câmara e do Senado.

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre de 2012, ante o trimestre imediatamente anterior. Medida pelo fluxo em 12 meses terminados em abril sobre o período anterior, a taxa anualizada de crescimento foi de 1,9%.
A economia, segundo Tombini, será favorecida pela demanda interna e pelos cortes implementados na taxa básica de juros, além dos estímulos à atividade.

Nessa linha, ele reiterou a expectativa de que a inadimplência cairá ao longo do segundo semestre, contando com a perspectiva de geração de novos postos de trabalho e ascensão da renda.
Na avaliação do presidente do BC, o atual estágio do ciclo monetário e as reduções dos spreads bancários (diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa cobrada dos clientes) facilitam o processo de refinanciamento e renegociação de dívidas.

Dados do BC revelaram que a taxa de inadimplência das pessoas físicas, medida pelos atrasos de pagamentos superiores a 90 dias, subiu de março para abril e terminou o mês passado em 7,6% - o maior nível desde dezembro de 2009 (7,71%). A inadimplência de veículos também voltou a bater recorde no mês passado.

O presidente da autoridade monetária disse que o crescimento da economia será acompanhado pela convergência da inflação para o centro da meta neste ano. Para ele, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) continuará recuando nos próximos meses de forma a convergir para o centro da meta ainda em 2012 (4,5%).

Ele disse que a inflação de serviços, que foi a grande vilã nos últimos meses, também passará a manter tendência de arrefecimento nos próximos meses.

Onda desinflacionária no exterior

Já no âmbito internacional, as perspectivas ainda são de baixo crescimento econômico para os próximos anos, disse o presidente do BC, para quem o cenário externo continua sendo de volatilidade nos mercados.

O ambiente no exterior "da forma como se encontra hoje proporciona viés desinflacionário". É por intermédio das commodities principalmente, segundo Tombini, que o quadro mundial tem efeito desinflacionário no Brasil, uma vez que a queda ou não aumento desses preços interfere nos índices de preço nacionais.

A ênfase ao "hoje" reforça os sinais de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central voltará a reduzir a taxa básica de juros na sua próxima reunião, em junho. Na semana passada, a Selic caiu pela sétima vez seguida desde agosto de 2011, passando de 9% para 8,5%. Em agosto, quando foi iniciado o atual ciclo de afrouxamento monetário, a taxa estava em 12,5% ao ano.

Dólar

Falando do mercado de câmbio, Alexandre Tombini relativizou a desvalorização sofrida pelo real frente ao dólar em maio. Se for comparado à que ocorreu com as moedas de outros países, desvalorização da moeda brasileira "até que foi moderada", defendeu ele.

Tombini apresentou aos parlamentares um quadro mostrando que a valorização do dólar em relação a outras moedas no mês passado foi generalizada. Enquanto o real perdeu 5,7% de valor, o euro, por exemplo, perdeu 6,6%, o peso mexicano, 9,5%, e rublo russo, 11,7%.
Portanto, concluiu, a desvalorização cambial registrada no Brasil não foi motivada por fatores internos e sim resultado de um movimento mundial.

Fonte: Valor Econômico

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