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Copom inicia amanhã reunião para decidir novo corte de juro

BRASÍLIA - A atividade econômica fraca e a inflação sob controle consolidam a aposta dos economistas de que o Banco Central vai continuar com os cortes de juro. Para o mercado, a Selic cairá 0,5 ponto na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que começa amanhã e termina na quarta-feira, dia 11. Caso se confirme, o juro será de 8% ao ano, novo mínimo histórico. Analistas preveem ainda outra redução no próximo mês, que deve ser o último movimento do atual ciclo de queda iniciado em agosto de 2011.

Há certa unanimidade sobre os próximos passos do Banco Central. Após algumas análises desencontradas e surpresas em algumas decisões do Copom, parece que os agentes econômicos voltaram a compartilhar do mesmo cenário.

Pesquisa realizada pelo BC com analistas mostra que o mercado mantém a previsão de queda da taxa em 0,5 ponto há sete semanas. Levantamento realizado pelo AE Projeções confirma: 79 das 81 instituições financeiras consultadas preveem que o Copom anunciará juro de 8% amanhã. As duas casas que discordam esperam 8,25%.

O barateamento do crédito faz parte do esforço da equipe econômica para incentivar a economia. O plano é amenizar os efeitos da crise externa com mais crédito para consumidores e empresas. Analistas, porém, acham que os efeitos serão limitados: a previsão de expansão da economia em 2012 caiu pela nona semana seguida, de 2,05% para 2,01%.

"A atividade econômica doméstica vem se recuperando de forma bastante lenta, ao mesmo tempo em que o ambiente externo, enfraquecido e sujeito a muitas incertezas, exerce papel deflacionário", cita o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco em relatório.

Parada

O mercado espera que cortes continuem em agosto, quando o juro deve cair para o patamar inédito de 7,50%. A partir daí, ficaria estacionado até o fim do ano. "A partir de agosto ou setembro, é provável que comecem a aparecer alguns sinais de recuperação da economia. Não será um movimento vigoroso, mas a reação passará a ser cada vez mais evidente", diz o professor de finanças do Ibmec Rio, Gilberto Braga.

Mesmo com a expectativa de que a economia reaja em algum momento neste semestre, o mercado não espera problemas na inflação e as estimativas são cada vez mais otimistas. Na pesquisa divulgada ontem, a previsão de alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu pela oitava semana, para 4,85%.

Alheia à essa tranquilidade, a previsão para os chamados IGPs, os Índices Gerais de Preço, têm subido com força. Para o IGP-M, que reajusta contratos de aluguel, a estimativa de alta para o ano passou de 5,87% para 6,09%.

Braga, do Ibmec, explica que o índice sofre com condições climáticas e o dólar mais alto. "O clima explica o aumento dos alimentos. Além disso, o dólar mais alto já começa a fazer efeito indireto". Entre os itens em destaque, a soja subiu 9% na prévia do IGP-M de julho pela seca nos Estados Unidos e o efeito do câmbio sobre os preços que seguem os mercados internacionais.

Fonte: Estadão

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