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Toyota inaugura fábrica em em Sorocaba já com planos de expansão

A montadora japonesa Toyota inaugura, na próxima quinta-feira, sua terceira fábrica no País, em Sorocaba (SP), inicialmente para a produção de 70 mil veículos ao ano, mas já com planos de expansão. O complexo poderá atingir capacidade anual de 400 mil automóveis, caso haja demanda futura. "Já temos licença ambiental para essa ampliação, caso seja necessário", informa Mark Rogan, membro do conselho mundial da Toyota.

Presidente da General Motors do Brasil no período de 1992 a 1997 e conselheiro da Toyota há dois anos, o americano Hogan está no Brasil para acompanhar o início das operações da fábrica que finalmente coloca a montadora japonesa na briga pelo segmento que mais vende no Brasil, o de carros compactos. O primeiro carro a ser feito na nova filial é o Etios, que disputará vendas com modelos como Gol e Palio, na faixa de preço de R$ 30 mil.

"A Toyota está abrindo uma nova página em sua história no Brasil, onde está há quase 60 anos", lembra Hogan. O grupo tem uma fábrica de componentes no ABC paulista, onde já fez o jipe Bandeirante, e uma em Indaiatuba, inaugurada em 1998, que produz atualmente apenas o sedã Corolla.
Hogan admite que a Toyota - que este ano recuperou o posto de maior montadora do mundo -, demorou para entrar com mais força no mercado brasileiro. "Mas, finalmente, o grupo agora tem um planejamento para ampliar negócios no Brasil, um dos mercados que mais cresce no mundo atualmente".
O executivo de 61 anos conta ser amigo de Akio Toyoda, presidente mundial da companhia, desde 1987, quando ambos trabalhavam em uma joint venture da GM e da Toyota. "Quando presidi a GM do Brasil, eu sempre o provocava: eu estou aqui, porque a Toyota ainda não está?"
Segundo Hogan, desde que assumiu o comando do grupo japonês, em 2009, o neto do fundador da Toyota colocou como uma de suas metas o crescimento dos negócios no Brasil. "E agora, ele coloca em prática esse plano agressivo no País".
Hogan ressalta que, embora venha trabalhando para aumentar a velocidade das ações do grupo no Brasil, concorda com a filosofia da companhia, de ser lenta nas decisões, mas ter como prioridade a qualidade dos produtos. "Nossos resultados mostram que estamos no caminho certo. Não damos passos rápidos, mas não voltamos atrás".
O mercado que Hogan encontra hoje no Brasil é mais sofisticado - tem modelos globais e não de segunda geração - e mais competitivo do que no período em que comandou a GM. Há mais fábricas instaladas e um de seus concorrentes será a coreana Hyundai, que em setembro inicia operações em Piracicaba (SP) com a produção do HB20, outro concorrente do Etios.

"A concorrência não nos assusta, pois nosso produto certamente tem mais tecnologia", afirma o executivo, que ontem visitou a fábrica de Sorocaba e dirigiu o Etios brasileiro, que tem algumas diferenças em relação ao modelo em produção na Índia.
Impostos. Apesar de ver vários mudanças no mercado brasileiro nos últimos 15 anos, Hogan reclama de que os impostos continuam altos e a estrutura de arrecadação segue burocrática.
"O Brasil precisa resolver esse problema com urgência e, quando conseguir, certamente vai se desenvolver ainda mais rapidamente e nenhum outro emergente vai conseguir acompanhá-lo". Outra crítica do executivo é o alto custo da energia elétrica, que atrapalha novos investimentos.

Fonte: Estadão

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