Portal do SMC - Acesse aqui

Fique Ligado

Produção roda mais rápido que o mercado

A produção de veículos no País durante o primeiro trimestre do ano rodou mais rápido do que puderam absorver os mercados interno e externos. De janeiro a março foram fabricados 827,7 mil unidades, o que representa elevação de 12,1% sobre o mesmo período de 2012. Ao mesmo tempo, as vendas domésticas somaram 830,5 mil, em leve alta de 1,5% e com 21% de carros importados, enquanto as exportações ficaram paradas em 111,5 mil, discreta baixa de 0,2%. Os números consolidados foram divulgados pela associação dos fabricantes, a Anfavea, na quinta-feira, 4.
- Veja aqui os dados divulgados pela Anfavea.

“Começamos o ano com estoque muito baixo e foi preciso acelerar mais a produção para abastecer o mercado”, ponderou Cledorvino Belini, presidente da Anfavea – que no próximo 22 de abril entrega o cargo ao seu sucessor, Luiz Moan. O ritmo das fábricas está bastante acelerado este ano. Nos 60 dias úteis do primeiro trimestre (três a menos do que o observado em idêntico intervalo de 2012), a média produzida foi de 13.795 unidades/dia, contra 11.716/dia no período anterior. “Nessa época do ano passado já havia começado a queda na produção em virtude do recuo do mercado e tivemos um trimestre ruim”, justifica Belini.

Em todos os três primeiros meses deste ano a produção foi maior do que na comparação com os mesmos meses de 2012. Março foi até agora o mês de 2013 no qual as fábricas mais produziram, com 319,1 mil unidades, superando em 39,2% o mergulho observado em fevereiro, causado por mais dias de folga e férias coletivas transferidas de janeiro. Com isso, os estoques nos pátios das montadoras e concessionárias chega a 330,5 mil veículos, o equivalente a 35 dias de vendas, nível que Belini considera “adequado”.

Apesar de dizer que a produção não precisa, necessariamente, acompanhar o mercado no mesmo passo, Belini admite que as perspectivas eram melhores quando as linhas foram programadas. “Esperávamos um mês de março melhor e veio abaixo das expectativas, por isso avisamos o governo que para manter o crescimento este ano seria importante manter o IPI reduzido”, diz.

O governo atendeu o pleito e prorrogou para o fim de 2012 o corte do imposto, que permanece em 2% para carros 1.0 e utilitários, 7% para modelos com motorização flex até 2.0 e 8% para carros a gasolina até 2.0. Com isso, Belini acredita que as vendas domésticas tendem a crescer um pouco e atingir a projeção para o ano todo da Anfavea, de expansão do mercado interno de 3,5% a 4,5%, enquanto a produção deve acompanhar esse ritmo, já que não há nenhuma sinalização de recuperação de exportações em 2013 – muito pelo contrário, os fabricantes esperam por recuo de 4,6% nos volumes embarcados. “Deveremos ter queda efetiva de exportações este ano”, afirma o dirigente. Em valores, as vendas externas das montadoras, que incluem peças de reposição, motores e partes, de janeiro a março somaram US$ 3,5 bilhões, retração de 2% sobre o primeiro trimestre de 2012. A Anfavea projeta US$ 14,7 bilhões para 2013 interiro, valor igual ao do ano anterior.

Com o resultado do primeiro trimestre, já foi atingido quase um quarto, 23,6%, da projeção de produção da Anfavea para 2013, de 3,5 milhões de unidades, em alta de 4,5% sobre 2012.

CAMINHÕES E ÔNIBUS

A produção de caminhões e chassis de ônibus retomou com força o ritmo de produção perdido no ano passado, quando as fábricas produziram 40% menos, devido ao declínio da atividade econômica em conjunto com a mudança da legislação de emissões, que obrigou os veículos diesel a adotar motorização Euro 5, mais cara.

No primeiro trimestre a produção de caminhões saltou 39,1%, para 43,5 mil unidades. Em março sobre fevereiro a alta foi de 22%, para 16,9 mil, o que representou crescimento de 6,6% ante março de 2012. Para a Anfavea, essa evolução mostra a retomada real das vendas após um ano muito fraco para o segmento de comerciais pesados.

A recuperação é ainda mais forte no segmento de ônibus. Foram fabricados 9,9 mil chassis de janeiro a março, em franca expansão de 57% sobre o mesmo período de 2012. Só em março a produção atingiu 3,8 mil, em crescimento expressivo de 26,2% diante de fevereiro e de 31% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

EVOLUÇÃO DO EMPREGO

Embora Belini garanta que o governo não exigiu a manutenção dos níveis de emprego na indústria para aceitar prorrogar os níveis reduzidos do IPI, um dos principais argumentos usados pela Anfavea em favor do pleito foi justamente a criação de vagas no setor. Desde a redução do imposto, em maio de 2012, as montadoras contrataram 6,9 mil pessoas e o número de empregados das empresas associadas cresceu de 145 mil naquela época para 151,9 mil em março passado.

Fonte: Automotive Business
    
Desenvolvido por Agência Confraria

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

CLIQUE AQUI e saiba mais sobre o tratamento de dados feito pelo SMC. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito do SMC bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.