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Força Paraná se reúne hoje (31) com deputados em Brasília para reivindicar fim de projeto de terceirização

PL 4330, que amplia terceirização, pode ser votado no próximo dia 07 de abril na Câmara Federal. Reunião acontece às 17h

A Força Sindical do Paraná vai se reunir, na tarde desta terça-feira (31), em Brasília, com os deputados federais da bancada do estado para solicitar o apoio dos parlamentares  na luta contra o Projeto de Lei 4330/2004 (PL 4330), que amplia a terceirização de forma indiscriminada para todas as atividades de uma empresa. O projeto patronal pode entrar em votação já no próximo dia 07 de abril, na Câmara Federal. A reunião com os deputados e as demais Centrais Sindicais acontece às 17hs.

“Estaremos em Brasília para  solicitar aos deputados do Paraná que pressionem para que o projeto nem entre em votação. Porém, se isso acontecer, que votem contra e pelo arquivamento definitivo deste projeto, cujo interesse único é a flexibilização dos direitos trabalhistas”, disse o presidente da Força Paraná, Sérgio Butka.

Projeto patronal amplia terceirização

O PL 4330 foi criado em 2004, pelo então deputado federal Sandro Mabel (PMDB/GO). Pelo forma como está formatado, o projeto amplia a terceirização para todas as atividades de uma empresa, inclusive para as chamadas atividades-fim, a considerada principal da empresa, o que seria um retrocesso sem precedentes para os trabalhadores brasileiros , já que possibilitaria a flexibilização dos direitos trabalhistas.

Salário até 30% menor e outros males
Segundo o Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Mauricio Godinho Delgado, o salário do trabalhador terceirizado chega a ser  30% menor. Para o ministro, ao invés PL 4330 regular, ele   generaliza a terceirização, o que vai provocar malefícios sociais.

Além do salário, a terceirização apresenta outros males, conforme listados abaixo:

- 8 de cada 10 trabalhadores acidentados no ambiente de trabalho são terceirizados, segundo o Dieese

- terceirizados ficam 2,6 anos a menos no emprego

- o terceirizado tem jornada semanal de 3 horas a mais, segundo o Dieese

- benefícios como PLR, abono, vale mercado, são reduzidos ou inexistentes

Ministério Público e juízes do trabalho são contra projeto
     Além dos trabalhadores,  o PL 4330 é rejeitado pelo poder judiciário. 19 dos 26 ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) já se declararam contra o projeto. A Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), que integra os mais de 3.500 juízes do trabalho do Brasil,  já expressou que é contra o projeto pelo caráter precarizante para os trabalhadores. A associação chegou a lançar até um manifesto contra o PL 4330.

Em 2013, durante audiência pública sobre o projeto na Assembleia Legislativa do Paraná, o então diretor da Anamatra no estado, Fabricio Nogueira, afirmou que “o 4330 é a mais profunda e retrógrada reforma trabalhista que estão tentando fazer. É fato que o índice de acidentes de trabalho entre os terceirizados é muito maior, assim como os salários são menores. Se for aprovado, o custo social será enorme para os trabalhadores e para a sociedade”.

Na mesma ocasião, o procurador chefe do Ministério Público do Paraná, Ricardo Bruel, também afirmou  o desastre que o projeto significa para os trabalhadores. “O projeto é perigoso, pois permite a terceirização sem limites, inclusive das atividades principais das empresas, a chamada atividade-fim. Isso significa a porta aberta para a precarização das relações do trabalho”, disse Bruel.

Força total contra o projeto em 2013
Em 2013, quando o projeto estava na iminência de ser aprovado, a pressão e mobilização dos trabalhadores fizeram a diferença e adiaram a votação. Trabalhadores foram para a rua e pressionaram a classe política, tanto aqui no Paraná, como em Brasília, para que arquivassem o projeto.

Porém, agora,  com o Congresso Nacional saindo das últimas eleições mais conservador devido a diminuição do número de deputados da bancada trabalhista, os parlamentares ligados ao capital, ressuscitaram o projeto e estão na iminência de vota-lo. Para impedir mais esse ataque aos seus direitos, os trabalhadores tem que se unir e mobilizar para pressionar e exigir o arquivamento definitivo do projeto. Vamos para a luta

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