No 10º dia de greve Sindicato vai cobrar da montadora o fim da pressão contra os trabalhadores do chão de fábrica

Ao completar 10 dias de greve, Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) e Volvo se encontram novamente hoje para nova audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT), às 15h.

O Sindicato vai cobrar o fim da pressão praticada pela montadora em cima dos cerca de 2500 trabalhadores do chão de fábrica em greve desde o ultimo dia 8, como forma de protesto contra as ameaças de demissões e por um acordo salarial justo.
 
Além do assédio moral, intensificado nos últimos dias, os metalúrgicos foram surpreendidos com a suspensão do pagamento do vale-mercado e do adiantamento salarial. Ambos deveriam ser pagos nesta quarta-feira (20).

Segundo denuncias, o pagamento foi realizado apenas ao setor administrativo, que aprovou no dia 18, em votação secreta, a ultima proposta feita pela empresa. Logo após a aprovação os trabalhadores desta área entraram para trabalhar.

“Uma vergonha. Isto retrata o "tratamento diferenciado" praticado pela empresa com os trabalhadores do chão de fábrica que estão mobilizados por um acordo salarial justo”, analisa o presidente do SMC, Sérgio Butka, sobre a retaliação sofrida pelos metalúrgicos.

Independente do resultado da audiência desta tarde no MPT, a próxima assembleia será liderada pelo SMC com os metalúrgicos apenas na segunda-feira (25), às 7h, em porta de fábrica.

A fábrica da Volvo está situada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) emprega cerca de 4 mil trabalhadores e tem capacidade de produção diária de 80 caminhões pesados, 44 médios e 8 ônibus.

PLR
Os metalúrgicos da Volvo continuam mobilizados para garantir um aumento na 1ª parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 5 mil para R$ 9,5 mil. Este valor foi sinalizado para a direção da montadora em assembleia na ultima terça-feira (19), mas sem retorno positivo.