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VERGONHA: Mais um ataque da Bosch Curitiba contra a liberdade de organização dos trabalhadores

Em vez de negociação e diálogo, a empresa prefere apelar para o tapetão e usa a polícia para reprimir manifestação pacífica dos metalúrgicos

Quem é um pouco mais velho e passou em frente da Bosch Curitiba hoje (25), pela manhã, e viu a quantidade de policiais e viaturas na frente da empresa, provavelmente, pensou estar no Brasil da ditadura militar, quando as empresas usavam de privilégios, do poder econômico e da polícia para reprimir manifestações de trabalhadores por melhores condições de trabalho e salário. Pois é, mais uma vez, seguindo uma linha que já está se tornando uma tradição triste na sua história na cidade, a Bosch Curitiba dá novo  exemplo de intolerância contra  o direito de manifestação e protesto dos trabalhadores.  Nesta manhã, usou a polícia e a justiça para desmontar o acampamento que o trabalhador Cristiano Pereira mantêm há 107 dias em frente à empresa para protestar, de maneira pacífica, contra as demissões arbitrárias e o assédio moral  praticados pela multinacional. 

Mesmo com a polícia retirando as bandeiras, barracas e faixas de apoio à luta,  enviadas por outros Sindicatos do Brasil e organizações internacionais de defesa dos direitos trabalhistas, o protesto do trabalhador continua. Ele vai permanecer em frente à Bosch.

Robert Bosch: de costas no caixão de tanta vergonha
Quando deveriam estar nas ruas combatendo a criminalidade, uma multidão de policiais foram desviados da sua função para ser usados contra os trabalhadores. Tudo a mando da empresa. Uma vergonha! Diante disso, fica a pergunta: Porque, ao invés de apelar para o tapetão usando da força e da intolerância, a empresa não senta para dialogar e negociar as demissões e os casos de assédio moral, como querem os trabalhadores e o Sindicato? Com essa  atitude a diretoria da Bosch Curitiba mostra as garras e deixa bem claro o seu pensamento acerca dos trabalhadores, enterrando de vez os “valores Bosch” pregados pelo seu fundador, Robert Bosch, que deve estar se revirando no caixão, envergonhado com esse tipo de tratamento dispensado aos trabalhadores.

Trabalhador está a 107 dias acampando em frente à empresa
O protesto do trabalhador Cristiano Pereira já dura 107 dias. Ele está acampando em frente da Bosch desde o dia 11 de março, quando foi demitido por ter cobrado melhores condições de trabalho. Havia trabalhadores com sobrecarga de trabalho, tendo que operar de três a quatro máquinas sozinho. Além disso, a Bosch estaria perseguindo dirigentes sindicais e cipeiros visando tentar intimidar a mobilização dos trabalhadores, em mais uma de suas práticas antissindicais e contra a organização dos trabalhadores.

Bosch usou chefes para obrigar trabalhadores a entrar em confronto com Sindicato
 Durante o período do protesto, a empresa tentou  utilizar  da chefia e do administrativo para assediar os trabalhadores do chão de fábrica através das redes sociais e mensagens de celular. Trabalhadores denunciaram que  a chefia pressionou para que entrassem em confronto com o Sindicato. Mensagens com esse teor foram encaminhadas ao Sindicato.  Nelas, os trabalhadores eram constrangidos a estar na porta de fábrica para “irem para cima do Sindicato”, conforme uma das mensagens.

"Morri na Bosch”

O Sindicato tem produzido vídeos com os trabalhadores da Bosch, vítimas de assédio moral. São relatos impactantes onde é mostrado como a empresa age quando trata com os trabalhadores. CLIQUE AQUI e ouça um relato de um trabalhador que, mesmo após dez anos de  sua demissão ainda sente os efeitos do Assédio Moral sofrido na Bosch.

Entidades repudiam atitude da Bosch
Diversas organizações  sindicais e de defesa dos direitos dos trabalhadores já emitiram notas de repúdio contra as práticas antissindicais e contra o direito à liberdade de organização dos trabalhadores, previstos na Constituição Federal.

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