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Com Força neutra, sindicalistas da central assumem posições contra impeachment de Dilma

Com o deputado federal Paulo Pereira da Silva, presidente licenciado da Força Sindical e presidente em exercício do partido Solidariedade, na linha de frente do impeachment da presidente Dilma Rousseff, a segunda maior central de trabalhadores do País passa por momentos de forte debate político. Muitos sindicalistas importantes filiados à Força vão se manifestando contrários ao impedimento da presidente.

“A neutralidade em relação ao impeachment declarada pelo nosso presidente Miguel Torres permite que todas as posições partidárias dentro da central se manifestem sem que, com isso, nossa unidade interna fique sob risco”, explicou, a uma plateia formada por lideranças de movimentos sociais, ontem, em São Paulo, o secretário-geral da entidade, João Carlos Gonçalves, o Juruna.

“Eu vim aqui me posicionar pessoalmente, e portanto não estou falando em nome da central, contra o impeachmente da presidente Dilma”, frisou Juruna no ato realizado no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, com a participação do ex-presidente Lula. Juruna é filiado ao PDT, que está engajado no movimento Rede da Legalidade contra o Impeachment.

Após Juruna, o fundador da Força e atual secretário municipal de Subprefeituras em São Paulo, Luiz Antonio de Medeiros, fez uma saudação ao antigo companheiro.

“Quero fazer uma menção especial aqui ao Juruna, que tem sido, especialmente no momentos de maior tensão, um dos bons guardiões da unidade da central”, disse Medeiros, lembrando que a Força “tem a pluralidade no seu DNA”.

Ambos foram muito aplaudidos.

No evento, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, Cícero Martinha, divulgou nota oficial da entidade com um enfático posicionamento contra o impeachment de Dilma. “Isso seria um golpe contra as conquistas e os interesses dos trabalhadores”, disse ele ao BR:

Abaixo, íntegra da nota do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André:

Contra o golpe financeiro rotulado de impeachment

O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá se posiciona contra a tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Para nossa entidade e para a maioria da nossa categoria a tentativa de impeachment é, na verdade, um golpe econômico e financeiro contra os avanços da distribuição de renda e de oportunidades conquistadas pela classe trabalhadora brasileira.

Nos últimos 13 anos, o salário mínimo teve alta de 262%, segundo o Dieese. Um crescimento real de mais de 72%.

Os articuladores do golpe econômico/impeachment querem interromper essa distribuição de renda realizada através de salários e benefícios.

Atualmente, 60% dos trabalhadores no Brasil têm carteira assinada, com garantia de direitos trabalhistas como seguro-desemprego, 13º salário e férias. Nos governos Lula e Dilma, a renda dos 10% mais pobres no Brasil avançou 106% entre 2003 e 2012. Esse percentual é o dobro do aumento da renda média do restante da população, que cresceu 51% no período.

Somos também um Brasil com mais Educação. Com Lula e Dilma foram criadas 18 universidades públicas e o orçamento do Ministério da Educação passou de 18 bilhões, em 2002, para 115,7 bilhões, em 2014. Em relação ao PIB, passou de 4,5% em 2004 para 6,4% em 2012.

Foram espalhadas extensões universitárias pelo interior do país. Implantado o Reuni, ampliando a oferta de cursos e vagas nas universidades federais que já existiam. Criou o ProUni, que garante o acesso de estudantes carentes às faculdades privadas. Resultado: em dez anos o Brasil dobrou o número de matrículas em instituições de educação superior: de 3,5 milhões em 2002 para mais de 7,1 milhões em 2014.

É contra o avanço dessa distribuição de renda e percepção dos direitos advindos com a prática da democracia através de mais Educação que as elites financeiras e econômicas tentam, agora, articular o golpe econômico que rotulam, através de seus meios de comunicação, de impeachment.

Meios de comunicação que escondem as intenções dos grandes grupos econômicos nacionais e internacionais de atacar a gestão atual da Petrobrás para se apoderar dos ganhos do Pré-Sal, uma das mais recentes e maiores reservas petrolíferas do mundo, que destinará metade de suas royalties para a Educação e Saúde.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá é contra o golpe econômico e contra o impeachment.

Nosso sindicato defende a retomada do crescimento econômico, a redução imediata dos juros e o investimento produtivo para dar continuidade à distribuição de renda. Nossa entidade, nos seus 82 anos de existência, continuará a lutar por um governo Dilma forte e com apoio popular e trabalhista para enfrentar a resistência de uma elite rentista e predatória que aposta no atraso, na desvalorização dos salários e no desemprego em massa, que já sofremos, junto com nossas famílias, em outros governos. (Cicero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá)

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