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8º Congresso Nacional da Força Sindical é aberto focando a resistência aos ataques contra os trabalhadores

12 de junho de 2017

Mais de 3 mil dirigentes sindicais de todo o país participam do Congresso que tem como objetivo traçar os rumos e a atuação da Central pelos próximos 4 anos

Aconteceu hoje (12), à tarde, a abertura do 8º Congresso Nacional da Força Sindical. Reunidos em Praia Grande (SP), mais de 3 mil dirigentes sindicais de todo o país, vão debater, até quarta-feira (14), os rumos e a atuação da central pelos próximos 4 anos. A luta e a resistência contra os ataques aos direitos dos trabalhadores marcou a abertura do evento.

“Precisamos estas unidos para lutar contra a ofensiva que o governo, o Congresso e o Judiciário tem promovido contra os direitos da população. E essa luta ficará ainda mais forte se conseguirmos organizar uma central combativa e com poder de mobilização junto aos trabalhadores. É só assim que conseguiremos barrar as ofensivas contra os trabalhadores” disse o presidente da Força Paraná, Sérgio Butka.

O presidente nacional da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, alertou sobre o momento difícil pelo qual passa o movimento sindical: “Chegamos num momento muito difícil. O governo é o Congresso perceberam que o único jeito de tirar os direitos dos trabalhadores e enfraquecer os Sindicatos. Por isso, esses ataques contra a organização dos trabalhadores. Precisamos debater como enfrentar isso. Precisamos dar um sinal para a sociedade. Fazendo um Congresso unitário, vamos sair daqui muito mais fortes”, disse Paulinho.

Miguel Torres, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos e vice presidente da Força enfatizou as grandes manifestações realizadas pelo movimento sindical esse ano: “Fizemos uma grande paralisação nacional no dia 28 de abril e depois no dia 24 de maio, em Brasília. Mostramos uma força que muitos desacreditavam. Mostramos que o movimento sindical está aí, mais vivo que nunca. Esta nas nossas mãos virar esse jogo de ataques que predomina no país. E o congresso vai cimentar ainda mais isso”, motivou Torres.

O fundador e ex-presidente da Força Sindical, Luiz Antônio de Medeiros, foi enfático falar sobre o momento atual pelo qual passa o país: “Os direitos nunca foram tão atacados como hoje. E nós temos que dar uma resposta para isso. A sociedade brasileira tem e quer ser ouvida. E a melhor maneira da sociedade ser ouvida é através de eleições gerais”, apontou Medeiros.

Paraná marcando presença e ministro do trabalho vaiado

A abertura do 8º Congresso Nacional contou com a participação do Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que foi vaiado pela plenária, e de demais autoridades políticas do estado de São Paulo, como o prefeito de Praia Grande, além de deputados estaduais e vereadores da região. Representantes das centrais sindicais CUT, CTB e UGT também estavam presentes. Uma delegação internacional composta por sindicalistas de vários países das Américas do Sul, Central e do Norte, Europa, África e Ásia, também participa como observadora.

A Força Paraná e os metalúrgicos da Grande Curitiba marcam presença com um delegação de representantes do estado com o objetivo de dar sua contribuição para o fortalecimento da Central.

Passeata contra os ataques aos direitos

Ao final da abertura, já no inicio de noite, com velas nas mãos, os delegados realizaram uma passeata pelas ruas da cidade em protesto contra os ataques aos direitos da população.

Programação

Amanhã (13), os sindicalistas se dividirão em vários grupos de trabalho. O objetivo é discutir propostas e bandeiras de luta para a central. As propostas elaboradas pelos grupos serão levadas à votação da plenária na próxima quarta-feira (14), dia de encerramento do Congresso. Nesse mesmo dia, será realizada a eleição e posse da nova diretoria da entidade.