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Exportações fazem produção de caminhões crescer após 3 anos

Depois de três anos seguidos de queda na produção, a indústria de caminhões começa a dar sinais de recuperação, puxada pelo crescimento das exportações.

No primeiro semestre de 2017 foram fabricados 43.223 caminhões no Brasil, o que significa um aumento de 22,4% na comparação com o mesmo período de 2016, quando saíram das linhas de produção 36.326 unidades.

Por ora são as exportações que estão garantindo essa alta na produção, já que a comercialização de caminhões no mercado interno teve queda de 14,1%, enquanto as vendas para o exterior subiram 47,4%.

Confira também a matéria sobre o assunto publicada pela Folha de São Paulo:

Exportações fazem produção de caminhões crescer após 3 anos

Depois de três anos seguidos de queda na produção, a indústria de caminhões começa a dar sinais de recuperação, puxada pelo crescimento das exportações.

Entre janeiro e julho deste ano, foram fabricados 43.223 caminhões, alta de 22,4% na comparação com o mesmo período de 2016, quando saíram das linhas de produção 36.326 unidades.

A fabricação de veículos pesados ainda está bem abaixo de 2013, quando nos sete primeiros meses foram produzidas 109.990 unidades. Entretanto, os dados atuais são vistos como um alento para as montadoras que atuam no setor.

"Estamos vendo sinais de recuperação, e a venda de caminhões é um termômetro para toda a economia", diz Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America.

No entanto, são as exportações que estão garantindo o aumento na produção.

Considerando os sete primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2016, as vendas de caminhões ao exterior subiram 47,4%, enquanto as comercializações no mercado interno caíram 14,1%.

"O licenciamento ainda vai seguir negativo por alguns meses porque há um atraso de 30 a 90 dias entre a compra e o emplacamento. Após adquirir um veículo pesado, é necessário colocar implementos [baú, carroceria ou tanque, por exemplo], e isso leva tempo", diz Bernardo Fedalto, diretor de caminhões Volvo no Brasil, no Uruguai, no Paraguai e na Bolívia.

De acordo com Wellington Damasceno, diretor-executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, as exportações e o agronegócio ajudaram cobrir parte da ociosidade nas fábricas atualmente, e as montadoras começam a repor postos de trabalho.

A Scania, por exemplo, contratou cerca de 500 profissionais para sua unidade em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo).

"Como temos um produto global e fábricas padronizadas em todo o mundo, foi possível direcionar o volume para atender à demanda de outros países", diz Marcelo Gallão, vice-presidente de Logística da Scania Latin America.

Na Iveco, houve um aumento de 144% nas exportações de veículos comerciais no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2016. A produção, por sua vez, subiu cerca de 15%. Nos últimos três anos, a empresa teve crescimento de 236% nos envios ao exterior.

"A montadora se adaptou à nova realidade econômica do país, fazendo os ajustes necessários e mantendo os investimentos, e se preparou para atender as demandas internas e externas dos setores de transportes de cargas e de passageiros [vans e ônibus]", afirma Ricardo Barion, diretor de marketing da Iveco para a América Latina.

REAÇÃO EM MARÇO

Na Ford, o ano começou abaixo do esperado. "Os meses de janeiro e fevereiro foram os piores da indústria nos últimos 15 anos. A reação começou a partir de março, atingindo o que tínhamos planejado", diz João Pimentel, diretor da Ford Caminhões América do Sul.

"Em 2017, trabalhamos basicamente uma semana por mês para ajustar os estoques. Ou seja, estamos produzindo caminhões três dias por semana", conta Pimentel.

Para a adequação da produção, a Ford lançou o Projeto Fusão, que permite que os funcionários da fábrica de caminhões trabalharem na linha de automóveis nos outros dois dias da semana.

Para Pimentel, o segundo semestre será cerca de 15% melhor do que o mesmo período do ano passado.

Diante dos resultados em vendas, representantes das montadoras consideram que 2017 fechará com dados semelhantes a 2016, o que, de acordo com eles, será um bom desempenho, considerando o fraco 1° bimestre.

FROTA

Apesar de as vendas no mercado interno ainda estarem abaixo do ano passado, a indústria tem visto uma recuperação mês a mês dos negócios realizados por aqui.

"Em janeiro e fevereiro, o setor vendia 155 caminhões e ônibus por dia. No segundo trimestre, saltamos para 230, e hoje já estamos em 280 unidades comercializadas diariamente", comenta Roberto Cortes, da MAN.

Esse aumento reflete alguns bons negócios firmados pelas principais montadoras do país.

A Volkswagen Caminhões, por exemplo, fechou nesta semana seu maior negócio do ano, com a venda de 417 caminhões para a Ambev.

De acordo com Cortes, a empresa, que iniciou o ano com jornada reduzida para quatro dias por semana, desde junho opera cinco dias por semana e, a partir de setembro, trabalhará também três sábados por mês.

"Recorremos ao lay-off [suspensão temporária do contrato de trabalho], mas em agosto trouxemos 70 trabalhadores de volta à fábrica", diz o presidente da MAN.

Em setembro, um novo caminhão será apresentado. "A tendência é que, com o lançamento, ocorra aumento nas vendas e, consequentemente, mais contratações", afirma Cortes.

Em maio, a Mercedes-Benz fechou a maior venda para um cliente dos últimos 10 anos: a Raízen comprou 524 caminhões para suas operações fora da estrada. O negócio inclui um plano de manutenção e sistema de gestão de frota e rastreamento para alguns modelos.

Em julho, a montadora fechou ainda a comercialização de 134 caminhões blindados para a Prosegur, além de vender, em agosto, 105 caminhões para Transgrãos.

"Começamos a ver um ponto de inflexão neste cenário, mas ainda não sabemos qual o tamanho", avalia Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing de caminhões e ônibus da Mercedes-Benz.

A montadora opera com um turno de trabalho para a produção de caminhões e ônibus em São Bernardo do Campo, e também com um turno em Juiz de Fora (MG). Atualmente, a empresa tem 120 colaboradores em lay-off.

Fonte: Folha de São Paulo

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