Aposentado deve conhecer riscos ao pedir uma revisão
A insatisfação com o valor do benefício não deve ser o único ponto a ser avaliado pelo aposentado ou pensionista que pensa em pedir revisão da renda ao INSS.
Saiba quais são os cinco cuidados a serem tomados.
1. O primeiro deles é entender se houve erro na concessão.
"Só vale a pena quando o segurado tem certeza de que foi prejudicado na concessão do benefício", diz Adriane Bramante, presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário).
2. A avaliação dos riscos envolvidos é o segundo ponto fundamental para evitar que o beneficiário perca dinheiro com processos administrativos ou judiciais.
3. A terceira dica é para quem pede a revisão no posto do INSS sem saber se terá vantagem com isso.
O resultado pode ser o oposto do esperado: em vez de aumentar a renda, há redução do salário. “Prejuízo com revisões nos postos do INSS são comuns”, diz Adriane. “Não se deve pedir uma revisão vazia”.
4. Se o caminho para questionar a aposentadoria ou pensão for a Justiça, o cuidado deve ser redobrado quanto à possibilidade dos custos do advogado e do processo.
Por isso, o quarto item da lista de cuidados é evitar revisões judiciais que não tenham decisões de terceira instância – do STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou do STF (Supremo Tribunal Federal) favoráveis aos aposentados.
Mas isso não é uma regra infalível. O julgamento da desaposentação pelo Supremo, em 2016, é um exemplo de como as coisas podem dar errado. O direito de os aposentados que trabalham reivindicarem novo benefício foi negado, mesmo havendo posicionamento favorável à troca de aposentadoria no ST?
5. Outro dos principais perigos envolvendo revisões não tem relação com o resultado dos processos, mas com a má-fé de entidades que induzem o segurado a pedir direitos que não existem.
“Os aposentados devem desconfiar quando há cobrança de valores altos e antecipados ou de mensalidade para associações”, recomenda a especialista.
Fonte: Jornal Agora
Comente esta notícia