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Palavra do Presidente

SMC intensifica luta em defesa das mulheres vítimas de violência

Sérgio Butka - Presidente
Além de um dia de comemoração, o 8 de março, dia Internacional da Mulher deve ser também de reflexão e discussão acerca da situação e papel da mulher nos dias atuais. Apesar dos avanços conquistados até agora com muita luta, suor e sangue, as mulheres ainda tem muitas barreiras e sofrem com a desvalorização salarial, desvantagens na carreira profissional, jornada dupla e excessiva de trabalho, violência doméstica, preconceitos e assédios. Situações vergonhosas que em pleno século 21 ainda acontecem em nossa sociedade ecoando negativamente no nosso desenvolvimento social e humano.

Apesar disso, cada dia mais elas vão provando que são mais fortes que os homens. Hoje, já quase não existe trabalho  “de homem” que uma mulher não possa fazer. Elas encaram o batente sem medo, muitas, chefes das suas famílias, sem tempo para o descanso,  intercalando o papel de pai e mãe ao mesmo tempo, trabalhando profissionalmente de dia e, à noite, se dedicam aos afazeres domésticos e aos filhos com a mesma dedicação. Provando que a desvalorização a que são submetidas é uma grande injustiça.

E é para refletir e lutar por mais inclusão que o Sindicato, neste mês de março, intensifica a luta pela aprovação do Março Laranja, projeto da Força Sindical do Paraná lançado  em 2014 e que tem por objetivo exigir mais proteção à mulher vítima de violência. Durante todo o mês serão realizadas audiências públicas em várias cidades do Paraná, com o objetivo de apresentar o projeto e fazer um balanço da luta pela aprovação do projeto até agora.

O Março Laranja prevê e  exige  do poder público a implantação em todos os municípios do estado de mecanismos de proteção as mulheres.  Infelizmente, o Paraná apresenta estatísticas desfavoráveis em relação ao combate à violência contra a mulher. O estado ocupa a quarta posição no país em assassinato de mulheres com uma média entre 2009 e 2011 de 354 mortes por ano.  Isso, somente levando em conta os dados oficiais, pois sabemos que muitas das vítimas, ou por vergonha ou porque não se sentem devidamente acolhidas pelo estado, preferem calar e sofrer sozinhas.

É por isso que dentre esses mecanismos exigimos a implantação em cada munícipio de uma delegacia especializada da mulher e da defensoria pública para a mulher; Além disso, é preciso de uma secretaria municipal de políticas para as mulheres e do conselho municipal da mulher; lembrando que estes mecanismos já são previstos em lei, que porém, não está sendo cumprida.

Sabemos que o Março Laranja tem uma  luta dura e longa pela frente, mas que é digna de ser empenhada. Esperamos a colaboração de toda a sociedade e, principalmente das metalúrgicas e metalúrgicos da Grande Curitiba, que nunca se deixaram intimidar. Sabemos que quanto menos preconceito, mais avançaremos na construção de um país democrático e justo para todos. Vamos à luta.

Sérgio Butka
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, da Federação dos Metalúrgicos do Paraná (Fetim) e da Força Sindical do Paraná.
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