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84% das categorias tiveram ganho real no 1.º semestre

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou ontem que mais de 84% das categorias de trabalhadores tiveram aumento real no primeiro semestre. Para a instituição, a perspectiva de recuo na inflação deve manter a tendência de ganhos reais no segundo semestre, que é marcado por campanhas de grandes categorias, como bancários, metalúrgicos e petroleiros.

Das 353 negociações realizadas no primeiro semestre, 298 (84,4% do total) conseguiram ganhos acima da inflação e 31 (8,8%) resultaram no repasse da variação dos preços. Em igual período do ano passado, 86,7% haviam obtido ganho real e 9,6%, apenas a recomposição inflacionária. No total, 93,2% das campanhas conquistaram pelo menos a reposição das perdas neste ano, contra 96,3% em 2010.

Apesar do recuo, o economista do Dieese-PR Sandro Silva considera o resultado bastante positivo. “Houve uma mudança de cenário. No ano passado, a economia cresceu 7,5% com inflação média abaixo de 5%. Neste ano, a expectativa de crescimento é de 4% e a inflação está mais alta, em torno de 6,4%. Mesmo com a economia crescendo menos e a inflação mais alta, os trabalhadores conseguiram resultados extremamente positivos”, diz.

Um exemplo de como as negociações geraram bons acordos para os trabalhadores, conta o economista, está nos aumentos reais acima de 1%. Enquanto no primeiro semestre do ano passado 51,9% das negociações conseguiram aumento acima de 1%, neste ano esse ganho foi obtido por 54% delas. Outro dado positivo vem do comércio. Nesse setor, todas as negociações conseguiram ao menos a reposição da inflação – quase 98% terminaram em ganho real.


Paraná
No Paraná houve 30 negociações no semestre, e elas ficaram dentro da média da Região Sul, segundo o Dieese-PR – o levantamento não apresenta dados por estado. O Sul foi a região com a menor proporção de reajustes abaixo da inflação (2,4%). Além disso, o porcentual de acordos com ganhos reais ficou acima da média nacional – na região, 88,2% das categorias tiveram aumento acima da inflação e 9,4%, a reposição das perdas.

Na opinião do presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço, as mobilizações do primeiro semestre mostram que o estado acompanha a tendência nacional de ganhos salariais. “A paralisação nas montadoras, que resultou em abonos aos trabalhadores, mostra que a economia paranaense está aquecida, até porque as empresas só dão aumentos reais quando o reajuste não supera a produtividade do setor”, avalia.

Fonte: Gazeta do Povo – 19/08/2010

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