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Caso Derosso: agora, jornal “fantasma” assombra a Câmara Municipal

Periódico custou R$ 14 milhões mas ninguém encontra versão impressa

Vai ser protocolada hoje uma nova representação contra o presidente da Câmara de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB). Desta vez a denúncia é motivada pelo suposto jornal “fantasma” Câmara em Ação, com notícias sobre o Legislativo curitibano.

Também deve ser pedido a convocação de mais duas testemunhas para serem ouvidas pelo Conselho de Ética: a mulher de Derosso e proprietária da empresa Oficina de Notícias, Cláudia Queiroz Guedes, e sua irmã, Renata Queiroz Gonçalves do Santos, que foi nomeada para um cargo comissionado na Câmara por três meses, no início desse ano – o que contraria determinação do Supremo Tribunal Federal.

Sem cópias impressas
Segundo dados do portal de Controle Social, do Tribunal de Contas do Paraná (TC), a Câmara gastou R$ 14 milhões com a impressão de 50 edições do jornal Câmara em Ação. Entretanto, não foram encontradas até hoje cópias impressas do jornal – apenas arquivos em PDF, nos quais não consta a gráfica na qual o informativo teria sido impresso.

Nos registros do TC, a tiragem do jornal variou entre 156 mil e 243 mil cópias, excetuando cinco edições nas quais a tiragem não foi informada e uma de apenas 54 mil. O número de exemplares supostamente impressos chegou a ser maior que a tiragem diária de todos os jornais de Curitiba. A verba foi gerida pela empresa Visão Publicidade.

De acordo com a vereadora professora Josete, o primeiro objetivo das investigações é descobrir se o jornal chegou a ser, de fato, impresso. “Nós queremos saber efetivamente onde esse jornal foi publicado. Fizemos buscas em bibliotecas, mas não encontramos exemplares. Acho estranho que isso aconteça com um jornal com a tiragem declarada de 200 mil cópias”, diz Josete. A vereadora afirma, também, que pode sugerir a convocação do proprietário da agência responsável, o publicitário Adalberto Gelbecke Júnior.

Segundo o presidente do Conselho de Ética, Francisco Garcez (PSDB), a denúncia deve ser recebida antes do depoimento secreto de Derosso, a ser realizado hoje. Como se trata de uma representação de uma parlamentar, o processo deve ser analisado por uma subcomissão formada por três conselheiros. Os nomes ainda não foram escolhidos.

Quanto à convocação das duas irmãs para depor, Garcez diz que ainda vai consultar os outros integrantes do Conselho de Ética. “Quero saber se eles têm dúvidas. Meu trabalho é conduzir o processo”, comenta. “Se um vereador do conselho disser ‘quero ouvir’, vou convocá-las”. O vereador adiantou, também, que deve chamar membros da diretoria de licitação da Câmara para depor. Josete não é membro titular do Conselho.

Denúncias
A denúncia é a quarta oficialmente feita contra Derosso no Conselho de Ética. O presidente da Casa já havia sido denunciado por contratar a empresa da mulher para serviços de publicidade; de empregar por três meses sua cunhada; e de nomear irregularmente funcionários da Assembleia para cargos comissionados na Câmara. Os dois primeiros casos já estão tramitando no Conselho, enquanto o terceiro aguarda encaminhamento do corregedor da Câmara, Roberto Hinça (PDT).

Fonte: Gazeta do Povo – 23/08/2011

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