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Aliado de Derosso fica com a presidência da CPI

Os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada para investigar supostas irregularidades no contrato de publicidade da Câmara de Curitiba, elegeram ontem o presidente e o relator da comissão. Os aliados do presidente da Casa, o vereador João Cláudio Derosso (PSDB), que será o investigado, venceram a queda de braço. A presidência ficará nas mãos do líder do PSDB, Emerson Prado, enquanto a relatoria ficará com Denílson Pires (DEM), partido aliado. Pedro Paulo (PT) e Paulo Salamuni (PV) foram os candidatos derrotados.

Apesar de ser colega de partido de Derosso, Prado diz que isso não deve atrapalhar os trabalhos da CPI. “O PSDB tem o compromisso de investigar essas denúncias. Nós, mais do que ninguém, temos essa responsabilidade”, afirmou. Durante a reunião, Prado relembrou também o Conselho de Ética que, mesmo presidido pelo tucano Francisco Garcez, pediu o afastamento de Derosso do cargo.

Curiosamente, Prado havia dito, no início do processo, que o PSDB abria mão da presidência e da relatoria da CPI. “Nós nunca pleiteamos isso, como uma angústia existencial. Mas hoje, quando fui indicado para assumir a presidência, aceitei, até porque ficaria ruim para mim fugir dessa responsabilidade”, afirma. Entretanto, a indicação partiu de um colega de partido, Paulo Frote.

A decisão não agradou aos deputados da oposição, que pleiteavam pelo menos uma das cadeiras. “Não começou da maneira que entendíamos que deveria começar. Algum dos primeiros signatários desse processo devia presidir ou relatar, isso é tradição do Parlamento em todos os níveis”, afirma Pedro Paulo. A proposta da CPI surgiu das bancadas do PT, PMDB e PV, sendo que os outros partidos da Casa aderiram na semana seguinte.

De acordo com Prado, a CPI deve fechar o foco na questão dos contratos de publicidade – assuntos que não estejam diretamente relacionados, como a contratação de funcionários fantasmas da Assembleia e a nomeação de parentes para cargos de comissão devem ficar de fora. Derosso está sendo acusado de irregularidades na contratação das empresas Oficina de Notícias e Visão Publicidade, que administraram um total de R$ 31,8 milhões entre 2006 e 2011. A primeira é de propriedade de sua mulher, Cláudia Queiroz Guedes.

Além de Frote, que o indicou para a presidência, Prado recebeu os votos de Pires e Tito Zeglin (PDT). Salamuni indicou Pedro Paulo, e Zé Maria (PPS) acompanhou seu voto. Nely Almeida (PSDB) não votou porque presidia a sessão. Na segunda votação, Zeglin indicou Pires, Pedro Paulo indicou Salamuni e os mesmos grupos da votação anterior se repetiram – trocando Prado, que passou a presidir a sessão, por Nely. Zezinho do Sabará (PSB) não compareceu à reunião, alegando problemas de saúde.

Zeglin e Zé Maria tinham se declarados candidatos à presidência na semana passada, mas abdicaram em favor dos outros. Zeglin disse ter buscado a oposição para tentar viabilizar sua candidatura, mas não conseguiu falar com ninguém sobre o assunto. No fim, desistiu e decidiu que Prado era o nome mais apropriado. Já Zé Maria sugeriu seu nome por ser um candidato neutro dentro do processo, mas foi rejeitado pela situação. Por conta disso, preferiu votar em Pedro Paulo.

Primeiros passos
Definidos presidente e relator, a CPI deve se reunir mais uma vez nesta semana para começar, efetivamente, o trabalho. A data ainda não foi marcada. O primeiro passo é a criação de um regulamento interno da própria comissão, além da definição do prazo de duração. O requerimento já define o prazo em 120 dias, mas Zé Maria deve apresentar um pedido para que o prazo seja reduzido para 90, e os trabalhos terminem ainda neste ano.

Presidente e relator da CPI enfrentam processos
O vereador eleito para presidir a CPI, Emerson Prado (PSDB), enfrenta um processo na justiça após um acidente de trânsito em que foi indiciado por embriaguez ao volante em 2009. Ao ser abordado pelos policiais, o vereador se negou a realizar o teste do bafômetro. Segundo Prado, o cheiro de álcool era do álcool gel que ele carregava no carro e tinha acabado de passar nas mãos.

Já o vereador Denilson Pires (DEM) foi preso em 2010 pelo Gaeco  após uma operação que investigava um suposto esquema de fraudes no Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), do qual era presidente. O vereador foi acusado de apropriação indébita e formação de quadrilha. Pires ficou detido por 15 dias. Ao sair da cadeia, comparou-se a Jesus Cristo em razão da “injustiça” que sofreu. Responde o processo em liberdade.

Fonte: Gazeta do Povo - 13/09/2011

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