Os trabalhadores do 1º turno da Maflow  fizeram paralisação de duas horas hoje (26) pela manhã após recusar, em assembleia, em porta de fábrica, a proposta da empresa para a data base 2011. Na proposta, a Maflow ofereceu:

- Reajuste salarial a partir de janeiro de 2012 dividido em quatro etapas até chegar ao percentual de 10% sendo:
- 2,5% em janeiro
- 2,5% em abril
- 2,5% em julho
- 2,5% setembro

- Abono salarial de R$ 4.200 a ser pago da seguinte forma:
-R$ 2.400 para todos divididos em 12 vezes de R$ 200
-R$ 600 pela assiduidade dividida em 12 vezes de R$ 50
- R$ 1.200 para metas de produção individual divididos em 12 vezes de R$ 100

- Reajuste do piso salarial

- Elaboração da grade salarial até janeiro de 2012

Reivindicação dos trabalhadores e nova assembleia
Os trabalhadores reivindicam:
- Reajuste de 11% a ser pago de forma integral
- Abono salarial de R$ 5 mil a ser pago de forma integral
- Implantação de tabela salarial
- reajuste do vale mercado dos atuais R$ 340 para R$ 400

Uma nova assembleia está marcada para acontecer na próxima quarta.

Demissões
Outra reivindicação dos metalúrgicos é que a Maflow sente com o Sindicato para se explicar sobre as 45 demissões realizadas esse mês.

A empresa alega que as demissões foram motivadas porque perdeu a Volks como cliente, porém, ontem, durante a paralisação do 2º turno, direcionou o administrativo para operar a linha da Volks na fábrica.

Intimidação
O protesto de hoje também foi um repúdio a forma como a Maflow vem tratando os trabalhadores. Ontem, a empresa quis intimidar os metalúrgicos colocando em cada corredor da fábrica um segurança. Além disso, o SMC recebeu denúncias de assédio moral dentro da empresa. Dessa forma, o SMC vai acionar o Ministério Público do Trabalho para que a Maflow seja intimada a prestar esclarecimentos sobre as denúncias.

A fábrica da Maflow fica na Cidade Industrial de Curitiba,  possui cerca de 150 trabalhadores e produz tubulações de ar condicionado  e direção hidráulica para veículos automotores. A empresa produz auto peças para a Volkswagem (responsável por 60% do volume de produção),  Renault,  Fiat, Scania, Nissan entre outras. A produção diária é de 4 mil kits, contendo cinco componentes cada um.

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