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Trabalhadoras de Curitiba e Região aprovam propostas para Seminário Estadual da Mulher da Força PR

A Força Sindical do Paraná realizou no último sábado, dia 24, o terceiro seminário regional do “Março Mulher” da central. Trabalhadoras de importantes segmentos como metalúrgico, têxtil, transporte coletivo, aposentados e secretárias, participaram do encontro realizado no auditório da Faculdade Facinter, em Curitiba.

O presidente da Força PR, Sérgio Butka, abriu o evento falando da histórica luta da mulher por melhores salários e condições de trabalho. “Há mais de 30 anos reivindicamos a mesma coisa. Hoje em dia, continuamos a exigir que as trabalhadoras tenham salários iguais aos homens, que tenha fim a discriminação no local de trabalho, e outras bandeiras. É uma luta histórica, na qual já avançamos, mas ainda temos muito que avançar”, diz Butka.

A secretária da mulher da Força PR, Neuralice Maina, destacou os outros seminários regionais promovidos pela entidade em Londrina (09/03) e Ponta Grossa (21/03). “Essa é mais uma etapa que estamos cumprindo em busca da construção de propostas que valorizem e reconheçam todas as trabalhadoras do nosso estado”, afirmou a líder sindical, que também preside o Sindicato das Secretárias do Paraná (Sinsepar).

Palestras

O seminário regional de Curitiba teve dois painéis de discussões. O primeiro contou com a participação da jornalista Silvana Rausis Fcachenco, consultora em projetos da Fundacen; e de Zita Lago, doutora em educação e consultora em gênero. O tema abordado foi “políticas de gênero e a efetiva participação da mulher no movimento sindical”.

O segundo painel, com o tema “a mulher e o trabalho decente” teve a presença da consultora da OIT no Brasil, Marilena Braga; e da representante da Federação de Mulheres e da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária do Paraná, Alzimara Bacelar.

Propostas

Após as palestras, as trabalhadoras aprovaram uma série de propostas voltadas à mulher trabalhadora. Essas propostas serão levadas para discussão no Seminário Estadual da Mulher da Força PR, que ocorre no próximo dia 31, em São José dos Pinhais, e também na 1ª Conferência Nacional do Emprego e Trabalho Decente, a ser realizada nos dias 4 e 5 de maio, em Brasília.

Confira as propostas discutidas e aprovadas pelas trabalhadoras no Seminário Regional de Curitiba da Mulher da Força PR:

• Ratificação das Convenções da OIT – 156 (igualdade de oportunidades e tratamento com responsabilidades familiares compartilhadas) a 189 (extensão às empregadas domésticas dos direitos dos demais trabalhadores urbanos regidos pela CLT)

• Ratificação da Convenção 111 da OIT – Discriminação (emprego e ocupação) (1958): preconiza a formulação de uma política nacional que elimine toda discriminação em matéria de emprego, formação profissional e condições de trabalho por motivos de raça, cor, sexo, religião, opinião política, ascendência nacional ou origem social, e promoção da igualdade de oportunidades e de tratamento.

• Ratificação da Convenção 100 da OIT – Igualdade de remuneração (1951): preconiza a igualdade de remuneração e de benefícios entre homens e mulheres por trabalho de igual valor.

• garantir a plena execução da Lei Maria da Penha com as atualizações da legislação e promover campanhas educativas e de sensibilização nas empresas, não dissociada da cobrança dos demais mecanismos de proteção a mulher, delegacias da mulher, varas especializadas, centros de refrencia, casas abrigos,etc,

• garantia de Defensoria Publica em todas as Comarcas, para defender os direitos das mulheres,

• garantir educação formal e capacitação profissional em todos os níveis, com recorte de gênero, étnico racial, geracional, diversidade sexual e portadores de deficiência.

• promoção de metodologias adequadas no movimento sindical para diminuir as desigualdades de gênero, bem como garantir material didático e pedagógico adequado em uma linguagem de ações afirmativas e promoção de atividades que agreguem mulheres lideres em suas respectivas bases sindicais, aproximando-as do exercício e gestão sindical.

• Garantia de creches 24 horas com qualidade e escola integral, incluindo as creches no PNE para que façam parte do cotidiano das estudantes e de redes de equipamentos sociais, lavanderias, restaurantes populares, centros de convivência, que possam contribuir para a liberação das mulheres ao espaço público, ao mundo das artes, da cultura e da ciência;

• Redução da jornada de trabalho para 40 horas e promoção de horários flexíveis para as trabalhadoras;

• Aprovar a licença natalidade de 180 dias em todos os setores (inclusive para os pais no caso de mortalidade materna);

• Incentivar e garantir a elaboração, execução e monitoramento dos planos de Políticas para as Mulheres e apoiar a criação de Secretarias Municipais e da Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres no Paraná junto as organizações dos movimentos de mulheres, assim como incentivar a implantação dos Departamentos, Comissões e Secretarias de Mulheres nas entidades sindicais, com estrutura, recursos humanos e dotação orçamentária própria para implementação e ampliação de políticas para as mulheres e de enfrentamento a todas as formas de discriminações e de violência e promoção da equidade de gênero, maior valorização das mulheres no mercado de trabalho;

• Reforma da mídia, contribuindo para a veiculação da imagem da mulher real: inteligente, trabalhadora e capaz de estar na política e na gestão de empresas e de organizações sociais, sindicais etc, e não como um corpo de consumo a ser explorado;

• Apoio à reforma política que a Frente Parlamentar Pela Reforma Política com Participação Popular defende visa à radicalização da democracia para enfrentar as desigualdades e a exclusão, respeitar a diversidade e fomentar a participação cidadã. Isto significa uma reforma que amplie as possibilidades e oportunidades de participação política, capaz de incluir e de viabilizar os projetos de transformação social que segmentos, historicamente excluídos dos espaços de poder, trazem para o debate público, como mulheres, afro-descendentes, homossexuais, indígenas, jovens, portadores de deficiência, idosos, enfim, todos os excluídos de direitos;

• Garantir a aprovação do PL DA IGUALDADE- PL 6653/2009 que versa sobre a Igualdade no Mundo do Trabalho e o combate a todas as formas de discriminações, de autoria do Deputado Valtenir Pereira, da Deputada Alice Portugal, dentre outros, que ganhou uma nova versão e foi apresentado como PLS 136/2011 de autoria do Senador Inácio Arruda.

• Todos os dirigentes da Força Sindical presentes no evento, reafirmaram a necessidade de inclusão das mulheres no movimento sindical, nas negociações coletivas de trabalho e nas representações sindicais e na ampla cidadania para todas as trabalhadoras.

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Em breve, reportagem da MetalTV

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