Portal do SMC - Acesse aqui

Notícias

Imagem

Gustavo Fruet é o novo prefeito de Curitiba

Após passar para o 2º turno com apenas 4,4 mil votos a mais que Ducci, Gustavo Fruet se elege prefeito de Curitiba com ampla vantagem sobre Ratinho Júnior

Em uma virada inédita, Gustavo Fruet (PDT) - veja o perfil do novo prefeito aqui - foi eleito prefeito de Curitiba com 60,65% dos votos válidos contra 39,35% de Ratinho Júnior (PSC) – a maior diferença já registrada nas disputas de segundo turno na capital paranaense. O pedetista, que no primeiro turno ficou em segundo lugar, com uma margem mínima de vantagem sobre o prefeito Luciano Ducci (PSB) – 4,4 mil votos –, fez ontem 597.200. Essa foi a 2.ª maior votação da história da cidade, atrás apenas da obtida por Beto Richa (PSDB) no primeiro turno de 2008, quando foi reeleito com 778.514 votos.

A eleição de ontem marca ainda a volta de um Fruet à gestão municipal três décadas depois. O pai dele, Maurício, foi prefeito entre 1983 e 1985.

Crescimento
Ratinho Júnior, que foi o primeiro colocado no primeiro turno com 332.408 votos, só conseguiu ampliar seu eleitorado em 16,5%. E fechou a disputa do segundo turno com 387.483 votos. Fruet não só virou sobre o oponente, como teve um crescimento de 125% sobre os 265.451 votos obtidos em 7 de outubro. “Foi uma campanha emocionante de superação. Mas sempre mantendo uma postura serena, responsável e de muita confiança”, declarou Fruet após a confirmação do resultado.

A vitória de Fruet se consolidou com a migração dos votos de Ducci no primeiro turno. A zona eleitoral em que o prefeito teve mais votos, a 177.ª (formada por bairros como o Batel, Água Verde e Mossunguê), foi onde Fruet obteve a maior diferença sobre o oponente – 75,5% dos votos contra 24,49%.

PT na prefeitura
Durante a votação de ontem e na comemoração, Fruet fez questão de aparecer ao lado dos petistas que o ajudaram a construir sua candidatura, sobretudo os ministros Paulo Bernardo (Comunicações) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil). Além disso, de acordo com informações oficiais do Palácio do Planalto, Fruet foi o primeiro prefeito eleito ontem a receber congratulações da presidente Dilma Rousseff. Em telefonema, ela disse que o pedetista “será um parceiro importante do governo federal”.

Fruet disse ainda estar sereno pela opção em se aliar ao PT, partido o qual criticou bastante enquanto foi deputado federal (1999-2010) e com o qual agora compartilhará a administração municipal. A aliança motivou uma série de críticas dos oponentes. “Paguei até um preço político alto, mas sempre tive a certeza de que fiz a melhor opção, e agora estou em paz. Eu sou o mesmo Gustavo que todos conhecem do Congresso Nacional, agora começando um novo caminho como prefeito da capital.”

O pedetista ainda relembrou a derrota que o pai, Maurício Fruet, sofreu em 1992, na disputa pela prefeitura com Rafael Greca. “Vinte e quatro anos depois, eu recupero uma disputa que meu pai perdeu lá atrás. Mas ele nunca perdeu o respeito e confiança pela cidade e eu também não. Ganhar ou perder eleição é circunstancial. Você não pode é perder o respeito e a confiança da cidade. Essa demonstração de confiança da população de Curitiba me faz ter uma grande responsabilidade”, declarou.

Menos brancos e nulos
A disputa de ontem empolgou o eleitor curitibano e o número de votos brancos e nulos foi menor do que no primeiro turno. Em 7 de outubro, 3,28% votaram em branco e 5,27% anularam. Ontem, esses porcentuais foram de 2,42% e 4,21%, respectivamente. A abstenção nos dois turnos foi semelhante: 9% no primeiro e 10% no segundo.

De rejeitado a prefeito
Veja como foi a candidatura de Gustavo Fruet, desde a sua saída forçada do PSDB e filiação ao PDT, até a vitória com folga no segundo turno.

2011
13 de julho – Anuncia sua saída do PSDB, motivada pela inviabilização de sua candidatura à prefeitura de Curitiba e o provável apoio tucano à reeleição do prefeito Luciano Ducci.

28 de setembro – Já na condição de pré-candidato à prefeitura, anuncia sua filiação ao PDT. Com isso, prenuncia uma aliança com partidos da base do governo Dilma, do qual foi crítico no passado.

2012
15 de abril – Em votação apertada, o PT curitibano decide apoiar a pré-candidatura de Fruet, abrindo mão de lançar candidato próprio.

24 de maio
Visita o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro serviu para acalmar os ânimos da ala contrária à aliança e para que Fruet ganhasse a “bênção” da principal liderança petista do país.

23 de junho – O PDT oficializa sua candidatura, com o discurso de redefinir o planejamento da capital. Além do PT, o PV também integra a coligação.

21 de julho – Sai a primeira pesquisa da campanha, realizada pelo Datafolha. Fruet aparece com 23%, empatado tecnicamente com Ratinho Júnior (27%) e Luciano Ducci (23%).

21 de agosto – Início da propaganda eleitoral na televisão. Na largada a campanha adotou um tom ameno, que não se mostrou muito empolgante ao eleitorado.

28 de agosto – Sem engrenar, a campanha pedetista vive um princípio de crise. O coordenador Gerson Guelmann é afastado por problemas de saúde, mas logo retorna ao posto.

12 de setembro – “A Dilma é nossa”. Com a frase dita no horário eleitoral, o candidato assume a presença do PT na campanha, que até então não havia recebido tanta ênfase.



Fonte: Gazeta do Povo - 29/10/2012

Comente esta notícia

código captcha
Desenvolvido por Agência Confraria

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

CLIQUE AQUI e saiba mais sobre o tratamento de dados feito pelo SMC. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito do SMC bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.