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Força Sul: Seminário define bandeiras de luta das trabalhadoras do PR, SC e RS

Mais de 200 trabalhadoras e líderes sindicais de diversas categorias profissionais do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul participaram no último sábado, 16, do 1º Seminário da Mulher Trabalhadora da Força Sul. O evento realizado em Florianópolis teve a discussão de temas como igualdade de gênero, participação das mulheres no movimento sindical e na política, trabalho decente, combate à violência e ao assédio moral e sexual no ambiente de trabalho, entre outros. O Seminário serviu para levantar propostas das trabalhadoras da região sul para serem levadas ao Congresso Nacional da Força Sindical, que ocorre no próximo mês de julho em Praia Grande (SP).

Na abertura do evento, o presidente da Força Sindical do Paraná, Sérgio Butka, destacou a participação feminina na sociedade e a importância do seminário. “As mulheres precisam não apenas marcar presença, mas sim participar mais ativamente das discussões, marcar posição em defesa de suas bandeiras de luta. No congresso nacional da Força Sindical, por exemplo, deve-se garantir que no mínimo um terço dos delegados sejam mulheres. E essa participação feminina deve ser bastante efetiva”, afirma o líder sindical.

O presidente da estadual do Rio Grande do Sul da Força, Claudio Janta, disse que a central apoia a luta das mulheres por mais igualdade. “Reafirmamos nosso compromisso com as mulheres, não só por espaços, mas por igualdade de condições, salário e poder. Hoje já temos uma mulher na presidência do Brasil, coisa que até pouco tempo atrás não poderíamos imaginar. Mas é preciso avançar ainda mais”, destacou.

Anfitrião do evento, o presidente da Força em Santa Catarina, Osvaldo Mafra, falou sobre os objetivos do seminário. “Essa presença maciça das mulheres dos três estados da nossa região mostra o grau de mobilização dessas companheiras. Daqui vão sair bandeiras de luta importantes das trabalhadoras do sul do Brasil”, afirma.

Além dos presidentes estaduais da Força no Sul, também estiveram na mesa de abertura do Seminário a secretária nacional de políticas para as mulheres da Força Sindical, Maria Auxiliadora Santos; a presidente do SEC-Guaíba, Ivone Simas; a presidente do Sindnapi-SC, Maria Roseli Beutting; a presidente do Siemaco Ponta Grossa-PR, Maria Donizete Teixeira Alves; a líder comunitária e vereadora de Curitiba, Fernanda Queiroz; e o diretor nacional do Sindnapi, Paulo José Zanetti.

Palestras

A primeira palestrante do dia foi a secretária nacional de políticas para as mulheres da Força Sindical, Maria Auxiliadora dos Santos. Ela falou sobre as lutas das trabalhadoras em nível nacional. “Nossas principais bandeiras são a igualdade salarial e de oportunidade entre homens e mulheres, o combate à violência contra a mulher, o fim do fator previdenciário, pois quem é mais atingido são as mulheres por ganhar 30% a menos que os homens”.

A coordenadora de projetos e jornalista internacional, Silvana Fcachenco, fez a palestra seguinte sobre a violência contra as mulheres no Brasil e no Paraná e seus impactos na vida das mulheres. Ela criticou também a desigualdade salarial entre homens e mulheres. “Eu não vejo distinção entre o trabalho da mulher e o do homem. Se eles exercem uma mesma função, por que eles ganham mais? O que diferencia um soldado e uma soldada, se ambos estão no campo de batalha? Essa é uma situação que não poderia ocorrer, mas infelizmente ainda ocorre. Temos que combater essa discriminação e lutar por igualdade”, defendeu a palestrante.

A terceira palestrante do Seminário, Maria Roseli Beutting, presidente do Sindapi-SC, falou sobre a presença das mulheres no movimento social e na política. “Hoje em dia as mulheres estão ocupando cada vez espaços, tanto no sindicalismo como na política. Temos hoje uma mulher na presidência da república, mulheres comandando ministérios, governos e prefeituras. No movimento sindical não é diferente. Temos que incentivar e estimular cada vez a participação feminina em todas as esferas da sociedade”, disse a sindicalista.

A última palestra do evento foi ministrada pela assessora cultural da Força RS, Silvia Duarte. Ela falou sobre a discriminação sofrida pela mulher no mercado de trabalho. “Essa discriminação não é de hoje, vem de muito tempo. Só com determinação, luta, autoestima, com a qualificação e, principalmente, com o dizer não, não aceitar essa discriminação. A mulher tem que estar preparada para ocupar determinados  espaços, e precisa estar qualificada para isso. Aí sim poderemos amenizar o problema”, diz Silvia.

Grupos temáticos

Ao final das palestras, as trabalhadoras se dividiram em oito grupo de trabalho com o objetivo de discutir e elaborar propostas sobre os seguintes temas: igualdade de gênero, formas de participação das mulheres no movimento sindical, trabalho decente, combate à violência doméstica e laboral, discriminação contra as mulheres no trabalho e na sociedade, saúde preventiva, doenças ocupacionais e empoderamento político e econômico das mulheres. As propostas elaboradas foram aprovadas por unanimidade pela plenária. Elas serão documentadas e apresentadas como as bandeiras de luta das trabalhadoras do Sul no Congresso Nacional da Força Sindical, que ocorre no próximo mês de julho em Praia Grande (SP).

Clique aqui  e veja as fotos do Seminário

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