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Volvo vende 200 ônibus híbridos para a Colômbia

Montadora fecha maior contrato desse tipo de chassis. Modelos serão feitos na fábrica de Curitiba

A Volvo Bus Latin America vendeu 200 ônibus híbridos para o sistema integrado de transporte público de Bogotá, na Colômbia. O contrato é o maior já fechado de uma vez só pela Volvo nesse segmento e envolve recursos de US$ 64 milhões (R$ 147 milhões).

Os ônibus vão circular no Transmilenio, como é conhecido o sistema de transporte da cidade. Os chassis serão fabricados em Curitiba. A Volvo também fabrica os híbridos na Suécia, que já abastece a Europa. Em Londres, por exemplo, circulam hoje cerca de 400 ônibus híbridos da montadora.

Em Bogotá, a compra foi feita pelo Consórcio Express, que adquiriu 156 veículos, e pela GMovil, que comprou 44. Segundo Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America, o valor total do negócio inclui, além dos chassis, um contrato de proteção da bateria por 12 anos, e um plano de manutenção de cinco anos.

Os híbridos entram em operação em dezembro e vão ampliar o sistema de transporte da cidade. A concorrência teve a participação de 24 empresas.

Fornecedora do Trans¬milênio há cerca de dez anos, a Volvo fabricou 70% dos ônibus a diesel que circulam na cidade – são cerca de 2 mil ônibus da marca. “A ideia da prefeitura era obter veículos que agridam menos o ambiente ao mesmo que geram conforto aos usuários”, diz Pimenta.

Considerado um dos grandes projetos globais do grupo Volvo, o ônibus híbrido foi desenvolvido na Suécia, mas teve contribuição dos engenheiros brasileiros para adaptar o modelo aos padrões da América Latina. “Na Europa, os ônibus são montados inteiros. Aqui, vendemos apenas o chassis. Investimos US$ 12 milhões na adaptação para a o mercado local”, diz.

A produção do híbrido em Curitiba começou em junho do ano passado. Com o novo contrato, a produção deve passar de 12 para 15 ônibus por dia. Cerca de 200 pessoas trabalham na unidade.
No ano passado, a Volvo fechou um contrato para fornecer 30 ônibus híbridos de tamanho convencional para o sistema de transporte de Curitiba. Segundo Pimenta, dentro de dois a três anos a tecnologia estará disponível também para ônibus articulados e biarticulados.

No Brasil, diz o executivo, o ano de 2013 está andando devagar para a venda de ônibus urbanos, fruto da sazonalidade pós-eleições e dos efeitos das manifestações populares pelas cidades em junho. Com isso, a reação das vendas, esperada para o início do segundo semestre, ainda não veio. “Acreditamos que teremos um crescimento mais forte no último trimestre de 2013 e no primeiro semestre de 2014”, diz.

US$ 64 milhões

É o valor do contrato entre a Volvo e as empresas de transporte público de Bogotá. A cifra inclui. além dos 200 chassis, um contrato de proteção da bateria por 12 anos, e um plano de manutenção de cinco anos.

Custo-benefício

Tecnologia é 50% mais cara, mas preço se equipara no longo prazo

Os ônibus híbridos são mais econômicos e menos poluentes. Segundo o presidente da Volvo Bus Latin America, Luis Carlos Pimenta, os modelos da marca consomem até 35% menos combustível e, consequentemente, emitem 35% menos gás carbônico. Em um ano de operação, o híbrido deixa de emitir 33 toneladas de CO2 em relação ao ônibus padrão e 50% menos material particulado (fumaça) e NOx (óxidos nocivos à saúde).

A tecnologia, no entanto, ainda é 50% mais cara que a convencional. Apesar disso, o presidente da Volvo diz que no longo prazo os custos se equiparam, com o consumo menor e a maior vida útil do veículo, sem contar os benefícios no meio ambiente. O BNDES criou uma linha Finame específica para essa categoria de veículos. O índice de nacionalização dos híbridos da Volvo é de 53% atualmente, mas deverá chegar a 60% em peso e 65% em valor em cinco anos.

Pimenta acredita que em dez anos, a matriz energética da frota do transporte coletivo – hoje 90% movida a combustível fóssil e 10% a fontes alternativas – possa se inverter. “Acredito que as fontes alternativas devam responder por 80% dos veículos”, diz. O potencial desse mercado já atrai outras empresas, como a Mercedes-Benz e a MAN, além de uma dezena de fabricantes chineses.

Fonte: Gazeta do Povo - 07/08/2013

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