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Após protestos, Eduardo Cunha recua e adia votação do PL 4330

Repercussão negativa rachou plenária da Câmara dos deputados, que jogaram votação de emendas no projeto para semana que vem

Tem que ser na pressão! Após a repercussão negativa e os protestos de ontem (15) de milhares de trabalhadores contra o projeto de lei 4330, que amplia de forma indiscriminada a terceirização, o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) recuou e adiou para a próxima semana a votação das emendas do projeto, que estava prevista para acontecer ainda ontem.

Racha

A sessão plenária,  que apreciaria 12 emendas mudando substancialmente o texto-base aprovado na semana passada, gerou uma confusão generalizada entre os partidos e até dentro das bancadas.

Lideradas por PT e PSDB, as legendas convenceram Cunha a adiar a votação até a próxima quarta-feira, 22. O presidente da Câmara convocou uma reunião de última hora e voltou anunciando o acordo. “O entendimento (de líderes) será pela aprovação simbólica do requerimento de retirada de pauta (apresentado pelo PSD) e a sessão volta na sessão ordinária de quarta-feira”, afirmou Cunha.

A repercussão negativa do texto-base aprovado na semana passada gerou apreensão em quase todas a bancadas, que começaram a se colocar contra a terceirização. “Se o projeto não for derrotado hoje, não será pelo PT. Será pelo PSDB”, chegou a dizer o relator, deputado Arthur Oliveira Maia (SD-BA).

Sibá Machado disse que o projeto pode gerar ambiguidades tanto no âmbito dos direitos trabalhistas quanto para o meio empresarial. “ Isso não é bom para ninguém”, disse o líder petista.

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