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Greve dos metalúrgicos da Volvo contra ameaças de demissão entra no 2º dia

Contrariando acordo que ela mesma assumiu junto ao Ministério Público do Trabalho, empresa continua com ameaças. Hoje, às 16h30, tem nova audiência

A greve dos metalúrgicos da fábrica da Volvo, localizada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), entrou hoje (11) no 2º dia.  Os trabalhadores decidiriam continuar a paralisação, após o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), anunciar na assembleia, em porta de fábrica, que a empresa continua se negando a realizar o acordo que ela mesma assumiu, junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), em audiência na tarde da última quinta-feira (07). Na ocasião, por sugestão do MPT, ficou acordado que  a Volvo e o Sindicato teriam um prazo de 15 dias para negociar e construir uma alternativa para evitar as demissões. Porém, no mesmo dia em que firmou o compromisso, a empresa começou a divulgar internamente entre os trabalhadores que há partir desta segunda-feira, já iria começar a realizar 600 demissões. Dessa forma, os trabalhadores decidiram entrar em greve. Uma nova audiência  no MPT esta marcada para acontecer hoje, às 16h30.

“Não dá pra entender o posicionamento da Volvo. Duas horas depois de assumir um compromisso com o Ministério Público de buscar junto com o Sindicato uma solução para manter os emprego, contraria sua própria decisão e começa a ameaçar os trabalhadores. É inaceitável o posicionamento da empresa em não querer negociar para tentar impor ao trabalhador uma proposta de flexibilização que já foi rejeitada por todos”, diz o presidente do SMC, Sérgio Butka.

Ainda na última quinta-feira, pela manhã, os trabalhadores rejeitaram, em assembleia, a proposta da empresa para a Participação nos Lucros e Resultados (R$ 15 mil, 50% menos que a PLR 2014) e para a data-base, que é em setembro (reajuste salarial apenas com a reposição da inflação). Ainda segundo a proposta, caso os trabalhadores aceitassem o acordo, mesmo assim eles serão demitidos em dezembro.

“De forma oportuna a Volvo tenta atrelar a preservação dos empregos com a flexibilização de direitos que levaram anos para serem conquistados. É preciso ter bom senso. Esperamos que a Volvo acolha e cumpra o acordo que firmou com o Ministério Público e possamos construir uma solução conjunta para manter os empregos”, conclui Sérgio.

A fábrica da Volvo emprega cerca de 4 mil (2.500 chão de fábrica e 1.500 administrativos) trabalhadores e tem capacidade de produção diária de 80 caminhões pesados, 44 médios e 8 ônibus.

Confira fala do presidente do SMC, Sérgio Butka, sobre a assembleia de hoje, clicando aqui.

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