Portal do SMC - Acesse aqui

Notícias

Imagem

Seminário da CNTM: Metalúrgicos unidos para enfrentamento da crise

Mais de 200 dirigentes metalúrgicos, das 156 entidades (147 Sindicatos e 9 Federações) filiadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM/Força Sindical), que representam cerca de 1,2 milhão de trabalhadores metalúrgicos de todos os estados brasileiros, decidiram em Seminário intensificar a luta pela manutenção dos empregos e pela retomada do desenvolvimento, com valorização da indústria nacional e do mundo do trabalho.

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka, o evento foi importante para mostrar a unidade dos metalúrgicos do Brasil na luta contra a crise: "É importante mostrar que estamos unidos num mesmo objetivo acerca da luta contra o desemprego e do rebaixamento da renda do trabalhador. Foi interessante para saber como está sendo essa luta em outras regiões do país", disse Butka.

O presidente da CNTM e da Força Sindical, Miguel Torres, disse que o Seminário Nacional do Setor Metalúrgico, realizado em São Paulo nos dias 7 e 8 de outubro, “foi muito expressivo, pela qualidade das palestras e alto nível dos debates, em busca do fortalecimento das ações da Confederação e das Federações e Sindicatos filiados em defesa dos direitos trabalhistas e dos empregos na base metalúrgica”.

Palestras e debates

O evento contou com palestra de Antonio Corrêa Lacerda, professor-doutor de Economia da PUC/SP, na quarta, 7 de outubro, com o tema: “O Brasil diante da desindustrialização e o ajuste fiscal”. Para o professor, “o setor produtivo e a classe trabalhadora não podem pagar pela crise, pois o que o Brasil precisa, e tem condições de fazer, é investir na indústria e na qualificação profissional dos trabalhadores, garantindo a retomada do desenvolvimento econômico”.

Mônica Veloso, vice-presidente da CNTM, falou sobre “Redes Sindicais e Fortalecimento da Ação Sindical”. “Desempenho da Indústria Metalúrgica no Brasil”, foi o tema da palestra de Altair Garcia, da Subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) da Força Sindical.

Na quinta-feira, 8 de outubro, Antônio Augusto de Queiroz, analista político e diretor de Documentação do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), falou sobre a “Pauta Trabalhista e os Desafios do Movimento Sindical em ambiente de crise”. Para ele, é fundamental o movimento sindical definir “diretrizes” para ter mais visibilidade perante a sociedade e mais representatividade no Congresso Nacional para defender os interesses da classe trabalhadora.

Outras participações de destaque foram a do jornalista Marco Damiani, que apresentou o site www.br2pontos.com, a do vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Carlos Aparício Clemente, que falou sobre a luta do movimento sindical em defesa do emprego para pessoas com deficiência, e a de Kemal Ozkan, secretário-geral adjunto da IndustriALL, que destacou a importância da CNTM no cenário mundial e os desafios por mais sindicalização de trabalhadores em todo o mundo, fortalecimento do movimento sindical e fim do trabalho precário.

Propostas
No encerramento do Seminário, os dirigentes metalúrgicos fizeram a leitura das propostas debatidas em três grupos de trabalho.

Estas propostas serão reunidas em apenas um texto e, em breve, encaminhadas pela diretoria da CNTM às Federações e Sindicatos filiados, para que façam, regionalmente, o aprofundamento dos debates sugeridos, e os encaminhamentos possíveis, e incentivem novas ações sindicais na base metalúrgica em defesa dos empregos e da industrialização do País.

As propostas, que também deverão ser encaminhadas aos governos executivos e parlamentares, giram em torno da intensificação de lutas em busca de:

• alternativas às demissões

• incentivos à produção industrial brasileira e mais recursos aos polos industriais em situação de risco

• um programa de renovação da frota automobilística contra a estagnação econômica

• qualificação e requalificação profissional para  enfrentamento e superação da crise

• mais espaço para as mulheres em cargos de direção nas entidades sindicais

• investimento em saúde do trabalhador e combate aos acidentes e doenças profissionais (incluindo o banimento do amianto nas atividades produtivas) e manutenção na NR12 (norma regulamentadora) que prevê proteção em máquinas

• mobilização pela redução da jornada de trabalho e demais itens da Pauta Trabalhista e do Trabalho Decente

• mobilização maior da categoria por intermédio de materiais e práticas de comunicação sindical e intensificação das campanhas de sindicalização

• mais ações pela redução dos juros

• menos impostos ao setor produtivo e maior tributação dos grandes lucros e dividendos

• contribuições da base metalúrgica da CNTM à Comissão Especial que está elaborando no Congresso Nacional uma proposta sobre o financiamento da atividade sindical, para melhorar e fortalecer o movimento sindical e a luta dos trabalhadores pela manutenção dos direitos e pela retomada do desenvolvimento econômico e social do País.

Fonte: Site da CNTM - 08/10/2015

Comente esta notícia

código captcha
Desenvolvido por Agência Confraria

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

CLIQUE AQUI e saiba mais sobre o tratamento de dados feito pelo SMC. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito do SMC bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.