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Deputados do Paraná debatem lei seca

A lei da tolerância zero para motoristas que consumirem álcool está fazendo com que freqüentadores de bares, casamentos, formaturas, aniversários ou simples reuniões em casas de amigos e familiares tenham uma preocupação a mais: como voltar para casa após tomar uma latinha de cerveja, uma taça de vinho ou qualquer outro tipo de bebida com teor alcoólico.

Ontem, o assunto foi tema de discussões na sala das comissões da Assembléia Legislativa (AL) do Paraná, em Curitiba.

A idéia dos participantes é incentivar as pessoas a deixarem o carro em casa quando saírem para beber, criando o hábito de utilizar mais os táxis e o sistema de transporte coletivo.

“Entretanto, para que isso aconteça, temos que criar mecanismos com representantes de bares e taxistas para que os táxis e ônibus sejam mais utilizados. Em relação ao transporte coletivo, vamos conversar com a Prefeitura e tentar fazer com que, nos finais de semana, os ônibus circulem até mais tarde”, disse o deputado Ney Leprevost (PP), que preside a Comissão de Saúde da AL e comandou as discussões.

Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PR), Luciano Ferreira Bartolomeu, os proprietários de bares, casas noturnas, restaurantes e outros estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas já estão sentindo os efeitos da nova lei, como queda de movimento e redução de vendas.

“Entramos com um processo administrativo no Supremo Tribunal Federal (STF) para mudar a lei. Acreditamos que as pessoas que saem para celebrar são maioria e não costumam representar riscos. Estas não devem pagar pela irresponsabilidade dos causadores de acidentes de trânsito”, afirmou.

Na opinião de Bartolomeu, o incentivo ao uso de táxis e do transporte coletivo não vai evitar que donos de bares e restaurantes tenham prejuízos em função da nova lei, mas pode minimizar os problemas e facilitar a vida dos motoristas.

“Vamos apresentar hoje (ontem), na Urbs (Urbanização de Curitiba S.A), uma sugestão de campanha, entitulada ‘Se beber, dirija-se a um táxi’, que consideramos a favor do lazer e do consumo responsável de álcool. Sugerimos que os taxistas dêem descontos em suas corridas e utilizem ainda mais a bandeira um.”

Para os taxistas, a nova lei deve gerar benefícios. O presidente do Sindicato dos Taxistas do Estado do Paraná, Pedro Chalus, conta que os taxistas ainda não sentiram grande aumento no número de clientes em razão da tolerância zero. Entretanto, estão preparados para atender à demanda.

“Só em Curitiba existem 2.253 táxis e cerca de 5 mil taxistas. Gostamos da nova lei e acreditamos que, em parceria com donos de bares, também devem ser criados mecanismos para que os veículos das pessoas que bebem sejam conduzidos até suas residências. Isso possibilitaria a criação de um novo serviço”, declarou.

Desconto em táxis gera polêmica

A campanha “Se beber, dirija-se a um táxi”, proposta pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Paraná (Abrasel-PR), não teve boa aceitação entre os taxistas de Curitiba.

Apresentada ontem a integrantes da Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), ao secretário municipal especial Antidrogas, Fernando Francischini, às centrais de radiotáxi e ao Sindicato dos Taxistas do Paraná, a idéia prevê que os taxistas operem em bandeira um durante a madrugada e dêem desconto de até 30% na corrida para clientes de bares e restaurantes.

A polêmica concentrou-se sobre quem pagaria os 30% sugeridos. Para o representante da Associação das Centrais de Radiotáxi de Curitiba, Luiz Kubitzki, a proposta é inviável.

“As centrais de táxi já operam em bandeira um e o custo com manutenção é muito grande. Investimos cerca de R$ 800 mil por mês. Mas nada impede que possamos voltar a discutir um desconto menor em uma nova reunião”, propôs.

Já o presidente da Associação Brasileira dos Bares e Casas Noturnas (Abrabar), Fabio Aguayo, defende a utilização de vans pelos estabelecimentos. “O cliente tem que poder escolher entre várias opções, não ficar refém de um serviço.”

De acordo com a Urbs, a van como alternativa não respeita a legislação municipal, que prevê contrato entre o transportador e o cliente no fretamento. Não configura irregularidade o bar disponibilizar a van, desde que não cobre pelo serviço.

A linha de ônibus Interbares, proposta pela Abrabar, foi recusada pela Urbs. Segundo o órgão, o transporte coletivo não pode atender necessidades específicas de um setor. A Urbs informou que mantém 27 linhas operando da meia-noite às 5h, com pouca procura: durante a madrugada, a freqüência média é de 2,3 mil passageiros.

Fonte: Paraná Online

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