O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira (10) que as autoridades monetárias vão continuar atentas e prontas para agir, por antecipação, no sentido de garantir a obtenção da meta inflacionária de 4,5%, no próximo ano.

Tal atitude visa a evitar que se consolide o ambiente de pessimismo inflacionário no qual a política monetária perderia eficiência, explicou o presidente do BC, que esteve no encontro O Impacto do Brasil no Cenário Global, promovido, em São Paulo pela Sociedade Americana e pelo Conselho das Américas, em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC).

Na análise de Meirelles, há um consenso mundial sobre os efeitos nocivos que são provocados por períodos prolongados de inflação elevada tais como o aumento dos prêmios de risco, o encurtamento dos horizontes de planejamento e, conseqüentemente, a redução do potencial de crescimento da economia.

Ele acrescentou que o pior resultado, o efeito mais nocivo, é a deterioração da distribuição de renda, uma vez que são as camadas menos favorecidas que sofrem, proporcionalmente mais, o efeito corrosivo da inflação sobre o seu poder de compra.

Diante do quadro atual, Meirelles garantiu que o BC já vem atuando e continuará a agir de foma a trazer a inflação de volta ao valor central da meta de 4,5%, de forma tempestiva, isto é, já em 2009.

Fonte: Agência Estado