Portal do SMC - Acesse aqui

Fique Ligado

Evolução das vendas em maio descarta impacto de juros e inflação

As vendas do comércio varejista em maio, que cresceram 0,6% em relação a abril e 10,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, levaram o técnico da coordenação de serviços e comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Reinaldo Pereira, descartar o impacto da alta da inflação nos resultados do segmento. No mês passado, ao comentar os resultados do comércio em abril, Pereira havia indicado que a inflação dos alimentos e o efeito calendário, provocado pelo feriado da Páscoa - que este ano foi em março e, no ano passado, em abril - haviam desacelerado o indicador.

Segundo ele, "pode ser que haja um efeito que ainda esteja nebuloso este mês, mas é preciso esperar". Ele disse que "mesmo com aumento da Selic, inflação dos alimentos e do petróleo, até este mês (maio) parece que não estamos sofrendo essa influência" Pereira argumentou que a evolução do comércio em maio mostrou que o principal culpado pela desaceleração em abril foi realmente o "efeito calendário". "As variações em maio foram significativas, o varejo voltou aos níveis do primeiro trimestre (de 2008). Como já tínhamos previsto, o varejo ainda não sofreu repercussão da inflação e do aumento do preço dos alimentos", disse.

De acordo com Pereira, os dados do varejo em maio mostram que o aumento da renda e do crédito continuam impulsionando as vendas do setor. Por isso, ele avalia que "o aumento dos juros ainda não teve efeito" no setor. Além do crédito farto, o aumento da renda, a estabilidade no emprego e o barateamento de produtos por causa do câmbio continuam impulsionando as vendas do varejo.

Segundo Pereira, o aumento de 8% definido para os benefícios do Bolsa Família terá um efeito positivo para o comércio, especialmente no que diz respeito às vendas de produtos alimentícios.

Segmentos - Das dez atividades do varejo pesquisadas pelo IBGE, apenas os grupos de tecidos, vestuário e calçados (-1,0%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-0,1%) mostraram queda nas vendas em maio em relação a abril. Na comparação com o mês anterior, o maior aumento em maio foi registrado no grupo de equipamentos para escritório, informática e comunicação (5,1%).

Na comparação com maio do ano passado, todas as dez atividades mostraram expansão nas vendas. As maiores altas foram apuradas em equipamentos para escritório, informática e comunicação (29,9%) e móveis e eletrodomésticos (16,1%).

Já as vendas do segmento de hiper e supermercados, que tinham mostrado forte perda de ritmo em abril, registraram recuperação em maio. O grupo de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, cujas vendas tinham caído 0,2% em abril ante março, cresceram 1,1% em maio ante abril. Na comparação com igual mês do ano passado, cuja alta havia sido de apenas 0,5% em abril, chegou a 8,4% em maio.

Em abril, Reinaldo Pereira havia avaliado que a desaceleração nos resultados desse segmento poderia ter sido provocada pelo aumento nos preços dos alimentos mas, segundo ele, os dados de maio mostram que a principal influência negativa em abril foi dada pelo efeito calendário, por causa da Páscoa. O segmento de hiper e supermercados é o que tem o maior peso (cerca de 30%) nos resultados da pesquisa mensal de comércio do IBGE.

Fonte: Agência Estado

Desenvolvido por Agência Confraria

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

CLIQUE AQUI e saiba mais sobre o tratamento de dados feito pelo SMC. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito do SMC bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.