Portal do SMC - Acesse aqui

Fique Ligado

Klabin reajusta preços para driblar queda no resultado

A Klabin, maior fabricante de papel do país, vai elevar preços para tentar melhorar os resultados operacionais nos próximos meses, depois de registrar uma queda de 15,3% no lucro líquido no segundo trimestre, para R$ 175 milhões. A alta de insumos como combustíveis e produtos químicos afetaram o desempenho da companhia, que encerrou o semestre com um recuo de 32% nos ganhos líquidos – de R$ 372 milhões de janeiro a junho de 2007 para R$ 252 milhões no mesmo período de 2008. A receita líquida no primeiro semestre atingiu R$ 1,5 bilhão, crescimento de 8% na comparação anual.

Segundo o diretor-geral, Reinoldo Poernbacher, a partir deste mês a companhia promove um reajuste de preços de 8% nos cartões e de 5% no de caixas de papelão no mercado interno. Os sacos industriais deverão ficar 9% mais caros, mas para apenas parte da carteira de clientes, já que havia sido realizada uma rodada anterior de aumentos no início do ano.

A Klabin também vai aumentar seus preços nas exportações. O papel kraftliner vendido na América Latina já está mais caro e na Europa deve ser reajustado a partir de agosto – em média, 7% (US$ 35 por tonelada). No segmento de cartões, as exportações para Europa, Estados Unidos e Austrália devem ser reajustadas em aproximadamente US$ 50 por tonelada (entre 7% e 8%). “No atual ritmo de aumento dos insumos, deverão haver mais repasses até o fim do ano”, prevê o executivo.

No segundo trimestre, a empresa registrou alta de 28% no custo dos produtos vendidos, para R$ 582,3 milhões. A parada geral de manutenção das fábricas de Santa Catarina (localizadas nos municípios de Otacílio Costa e Correia Pinto) contribuiu para um menor resultado operacional no segundo trimestre. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, depreciações e amortizações) registrou queda de 10,3%, para R$ 179milhões.

Para melhorar os resultados, a empresa aposta no aumento do volume de vendas – que cresceram 9% no segundo trimestre, para 412,1 mil toneladas na comparação com o mesmo período do ano passado. Para o ano, Poernbacher projeta um crescimento de 20%, puxado também pelo aumento da produção da máquina nova instalada na fábrica de Telêmaco Borba (PR).

Exportações

Apesar de ter um impacto negativo nas exportações da empresa, a desvalorização do dólar acabou gerando um efeito positivo inusitado no resultado no primeiro semestre deste ano. Como tem um endividamento de US$ 1 bilhão em moeda estrangeira em linhas de exportação, a empresa conseguiu, com o dólar fraco, reduzir o volume gasto com a dívida, o que compensou o impacto negativo do câmbio nas vendas externas. “Tivemos, no semestre, uma perda de R$ 74 milhões nas exportações, contra uma redução da dívida em dólar de R$ 184 milhões.”

De acordo com o executivo, a Klabin trabalha com cenário para o dólar abaixo de R$ 1,60, podendo chegar a R$ 1,50. “Estamos nos preparando para uma valorização ainda maior do real nos próximos meses.” Além da compensação das perdas com a redução da dívida – que tem um perfil de longo prazo – a empresa estuda reduzir as exportações. A idéia é transformar parte do kraftliner hoje exportado em caixas para serem vendidas no mercado interno.

Fonte: Gazeta do Povo

Desenvolvido por Agência Confraria

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

CLIQUE AQUI e saiba mais sobre o tratamento de dados feito pelo SMC. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito do SMC bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.