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Contas externas têm o pior primeiro semestre desde 1947

As transações correntes, um dos principais termômetros das contas externas brasileiras, registraram um déficit de US$ 17,4 bilhões no primeiro semestre deste ano, informou o Banco Central nesta segunda-feira (28).

Esse é o pior resultado para o período de toda a série histórica da instituição, que tem início em 1947, e o primeiro resultado negativo para os seis primeiros meses de um ano desde 2002 (déficit de US$ 8,3 bilhões).

Até o momento, o pior resultado para um primeiro semestre, segundo a série histórica do BC, havia sido em 1998, com um déficit de US$ 13,45 bilhões. Nos seis primeiros meses do ano passado, a conta de transações correntes apresentou um superávit de US$ 2,41 bilhões. Para todo este ano, o BC projeta um resultado negativo de US$ 21 bilhões em transações correntes - o primeiro déficit para um ano fechado desde 2002 e o maior desde 2001 (déficit de US$ 23,2 bilhões).

A conta de transações correntes é composta pela balança comercial, pelos serviços e pelas rendas. É considerada um importante indicador da economia e é olhada com atenção pelos investidores internacionais nas suas avaliações sobre o Brasil. Se o resultado cai, isso significa que o país fica mais dependente das decisões de investidores externos para fechar as contas.

Investimentos diretos

O rombo de US$ 17,4 bilhões em transações correntes do primeiro semestre deste ano não foi, sequer, compensado pelo ingresso de investimentos estrangeiros diretos. Nos seis primeiros meses, os investidores de outros países trouxeram US$ 16,7 bilhões, contra US$ 20,8 bilhões em igual período do ano passado.

Para o ano de 2008 fechado, porém, a previsão do BC é de entrada de US$ 35 bilhões em investimentos externos no país, o que, se confirmado, será novo recorde da série histórica, que se inicia em 1947. Ultrapassaria, inclusive, o déficit de US$ 21 bilhões estimado pelo BC para a conta de transações correntes em 2008 fechado. Essa estimativa pode, entretanto, subir no futuro por conta dos déficits que estão sendo registrados nos últimos meses.

Razões para o déficit em conta corrente

A deterioração da conta de transações correntes no primeiro semestre deste ano está ligada a uma queda no superávit da balança comercial, cujo resultado positivo caiu para US$ 20,5 bilhões de janeiro a junho de 2007 para US$ 11,3 bilhões em igual período deste ano, e, também, a um grande aumento no volume de remessas de lucros e dividendos por empresas. Nos seis primeiros meses deste ano, o valor das remessas de lucros e dividendos somou US$ 18,9 bilhões, contra US$ 9,8 bilhões no mesmo período de 2007.

A conta de capital e financeira, pela qual transitam os investimentos estrangeiros diretos e os investimentos em carteira de estrangeiros (ações e renda fixa, entre outros), registrou um superávit de US$ 40,7 bilhões de janeiro a junho deste ano. Com isso, o balanço de pagamentos brasileiro, que engloba todas as transações do Brasil com o exterior, teve superávit de US$ 19,2 bilhões nos seis primeiros meses deste ano.

Mês de junho

No mês passado, o déficit em transações correntes, segundo informou o BC, somou US$ 2,59 bilhões, acima da estimativa inicial de um resultado negativo de US$ 1,2 bilhão da instituição. Em junho, a conta de capital e financeira registrou um resultado positivo de US$ 6 bilhões, o que resultou em um balanço de pagamentos superavitário em US$ 2.6 bilhões. Os investimentos estrangeiros diretos, por sua vez, somaram US$ 2,7 bilhões no mês passado.

Fonte: G1/Globo.com

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