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Queda de preços puxa vendas de eletrodomésticos

As atividades que tiveram destaque no desempenho do varejo em junho estão sendo beneficiadas não apenas pela abundância de crédito, mas também pela queda nos preços. A comparação entre o resultado do IPCA do primeiro semestre e os dados do comércio varejista divulgados esta semana mostra que os segmentos com melhores desempenhos tiveram deflação.

O segmento de móveis e eletrodomésticos - que foi a principal influência (2,5 ponto porcentual) no aumento de 8,2% nas vendas do varejo em junho ante igual mês do ano passado - apresentou queda significativa de preços. De acordo com o IPCA, a deflação foi de 0,89% entre os eletrodomésticos, no primeiro semestre.

Os preços dos equipamentos de informática caíram 5,83%. Este é o principal produto da atividade campeã em magnitude de expansão no varejo em junho e no semestre (equipamentos e materiais para escritório e informática, com alta de 40,1% em junho e 30,9% no semestre).

A coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, atribui o recuo de preços à contribuição do dólar. A análise é compartilhada pelo chefe do departamento de economia da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas. Segundo ele, "o dólar deve ter levado a essas deflações."

O economista da CNC ressalta que o crédito tem sido o fator preponderante para o ótimo desempenho nas vendas dos bens de consumo duráveis, mas avalia que o efeito preço também tem sido importante no vigor do crescimento das atividades.

A queda nos preços também ajudou a elevar as vendas de combustíveis e lubrificantes, atividade que vendeu 12,8% a mais em junho, acima da média do comércio (8,2%). De acordo com os dados do IPCA, a gasolina teve deflação de 1,21% no primeiro semestre, o álcool caiu 3,22% no período. O técnico da coordenação de serviços e comércio do IBGE, Reinaldo Pereira, atribui os resultados positivos ao crescimento da economia e da frota de veículos.

FÔLEGO

,Para Freitas, mesmo com o recente de movimento de pequena alta do dólar em relação ao real, os preços "ainda deverão ajudar as vendas de móveis e eletrodomésticos" pelo menos até o fim do ano. Segundo ele, o impacto benéfico dos preços deve ainda afetar o setor de alimentos, que sentiu o impacto negativo da inflação em junho no varejo, mas já mostra recuo nos recentes índices inflacionários.

"As taxas de juros estão subindo e os preços não estão subindo mais", disse Freitas sobre a elevação dos juros, em 0,75 ponto, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o economista da CNC, o varejo deve manter a velocidade de crescimento e fechar o ano com alta de 9% a 10%. Porém, a expectativa é que, por causa da Selic, a expansão desacelere no início de 2009.

Fonte: Estadão

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