O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou neste sábado do presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), a aprovação do projeto de lei para a criação de universidades federais públicas.

"Nós estamos fazendo neste país 15 novas universidades. Doze estão prontas e três estão em projeto de lei a ser votado na Câmara. Vê se vota, Arlindo. Está lá. O projeto de lei está lá. Não é MP [medida provisória] é um projeto de lei", afirmou Lula, durante discurso em comício do prefeito de Osasco (Grande São Paulo) e candidato à reeleição Emídio de Souza (PT).

Segundo a Polícia Militar 7.000 pessoas acompanharam o ato político. O presidente aproveitou o palanque em Osasco pediu votos para candidatos petistas de outros municípios paulistas, como Jaú, Itapecerica, Jandira, Barueri e Itapevi.

Em seu discurso, Lula defendeu investimentos em educação e a criação de escolas de ensino técnico. O presidente alegou que, apesar de não ter um diploma de curso superior, quer ajudar os pobres.

"Justamente por eu não ter feito uma universidade, eu quero que os filhos do meu país tenham aquilo que eu não tive", disse.

A exemplo de outros comícios, o presidente comemorou a descoberta de petróleo na campada pré-sal e disse que o país vive sua segunda independência.

"Eu quero que neste país, o povo daqui construa os navios e plataformas que serão utilizadas para exploração do pré-sal. Vou continuar insistindo no investimento dos recurso do pré-sal na área da educação", disse.

O presidente disse que hoje o país não depende mais do FMI (Fundo Monetário Internacional) e, por isso, o fundo não dá mais palpite na política econômica brasileira. Lula afirmou ainda que economia se aprende em casa e não na universidade.

"Aprendi economia em casa, com o meu salário. Em universidade, você aprende apenas a teoria, e na prática a situação é outra. Eu já sabia que o Brasil tinha uma dívida de aproximadamente US$ 30 bilhões com o FMI. Hoje nós não temos mais essa dívida".

Fonte: Folha Online