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Dieese: preços dos alimentos despencam e retiram do Copom pretexto para aumentar juros

De acordo com informações divulgadas, na tarde desta quarta-feira (8), pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), o preço dos alimentos recuou fortemente em setembro. O custo de vida no município de São Paulo apresentou variação de 0,14%, ou seja, 0,18 ponto percentual (pp) menor que a taxa de agosto (0,32%).

Habitação (0,65%), Despesas Pessoais (1,39%) e Transporte (0,26%), foram os grupos que mais pressionaram o ICV-Dieese, com contribuição conjunta em seu cálculo de 0,24 pp. Este aumento foi compensado, em grande parte, pela queda ocorrida na Alimentação (-0,41%) e no Vestuário (-0,16%).

Índices por estrato de renda

Além do índice geral, o Dieese calcula ainda mais três indicadores de inflação, segundo tercis da renda das famílias paulistanas. Em setembro, as taxas de inflação não foram muito diferentes entre os três estratos. Para o primeiro, que corresponde à estrutura de gastos de 1/3 das famílias mais pobres (renda média = R$ 377,49), foi apurada a menor variação (0,10%).

Para o estrato 2, que contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média = R$ 934,17), a  variação foi de 0,11%. E no estrato 3, que reúne a parcela de maior poder aquisitivo (renda média = R$ 2.792,90), foi registrada a maior alta, de 0,17%.

Inflação Acumulada

Nos últimos 12 meses - entre outubro de 2007 e setembro de 2008 - o ICV-Dieese acumula alta de 6,79%. Quando são considerados os diferentes estratos, a taxa para famílias de menor aquisitivo é a mais elevada (8,41%) e diminui nos dois estratos subseqüentes: 7,27% para o estrato 2 e 6,15%, para o 3.

Nos nove meses de 2008 - entre janeiro e setembro - a inflação foi de 5,00%. As variações acumuladas por estrato seguem o mesmo comportamento que o acumulado anual, sendo maior para o 1º estrato (5,98%), seguido do 2º (5,15%) e com menor variação no 3º (4,66%).

Inflação, câmbio e commodities

Enquanto o ICV-Dieese subiu 6,79%, nos últimos 12 meses, o dólar registrou queda de 8,47%, mesmo com a forte alta ocorrida a partir de setembro. Para avaliar a interferência do dólar nos preços internos, o Dieese dividiu o conjunto de produtos pesquisados em três. A maior parte destes bens e serviços - 59,49% - tem preço que sofre pouca influência do comportamento do câmbio.

Estes itens - que incluem feijão, arroz, cigarros - subiram 7,14%, em um ano. Cerca de 1/3 dos bens (32,63%) sofrem média influência do câmbio e tiveram alta de 7,49%. Entre os produtos aí incluídos estão óleos de soja e de milho, frango, leite e derivados, farinha de trigo - cujos preços, por se tratarem de commodities, são fortemente influenciados por sua cotação internacional.

Os produtos com alta influência do câmbio, como é o caso dos diretamente importados, dos combustíveis e do gás de botijão, correspondem a 7,83% dos bens e subiram apenas 0,26%.

Esta análise permite afirmar que os aumentos nos produtos agrícolas, neste período, tiveram forte influência do mercado internacional. Estes bens têm apresentado acentuada queda em suas cotações nos últimos meses, o que deve refletir nos preços do mercado interno brasileiro, resultando em diminuição da taxa inflacionária.

Com relação ao comportamento das commodities, foram levantados os preços de alguns bens comercializados no mercado internacional que afetaram o nível inflacionário brasileiro. De setembro de 2007 para cá, houve alta acentuada para bens como arroz (123,3%), milho (46,9%) e óleo de soja (36,5%). As maiores variações acumuladas, porém, ocorreram antes de agosto de 2008 e em muitos produtos já é possível visualizar quedas acentuadas.

Fonte: DIAP

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