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Queda no preço dos alimentos leva inflação oficial a recuar em setembro

A queda mais intensa verificada nos preços dos alimentos foi a principal responsável pelo recuo da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na passagem de agosto para setembro. Em agosto, esse grupo havia caído 0,18% e em setembro teve queda de 0,27%, conforme divulgou nesta quarta-feira (8), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a coordenadora de Índices do IBGE, Eulina dos Santos, esse movimento, no entanto, foi “amortecido” pelo comportamento dos produtos não-alimentícios.

O IPCA fechou o mês de setembro com taxa de 0,26%, depois de ter registrado 0,28% em agosto. “Essa queda [dos alimentos] foi compensada pela manutenção da alta dos produtos não-alimentícios, que já tinham apresentado uma taxa relativamente alta em agosto, de 0,42%, e em setembro mantiveram essa mesma alta. Os alimentos até caíram mais um pouco, mas os outros produtos não deixaram essa queda ser mais visível”, explicou a coordenadora.

O documento do IBGE destaca que os preços dos alimentos caíram, embora as refeições fora de casa tenham ficado mais caras (1,39%). Os itens que mais contribuíram para a queda do grupo alimentação foram leite pasteurizado (-4,49%), batata inglesa (-13,76%), cenoura (-6,50%) e pão francês (-1,18%). Das 11 regiões metropolitanas investigadas, apenas a de Porto Alegre apresentou alta no grupo alimentação (0,39%). Em todas as outras foram verificadas quedas, sendo a mais significativa em Brasília (-1,09%).

O instituto destaca que, apesar do resultado de setembro, os produtos alimentícios acumulam alta de 9,29% no ano, acima do índice de igual período do ano passado, quando a variação havia sido de 7,20%.

Entre os produtos não-alimentícios foi verificada influência do preço do litro da gasolina, que havia ficado um pouco mais baixo em agosto (-0,25%) e voltou a subir em setembro (0,69%). Já o álcool subiu 0,43% em agosto e passou para 1,20% em setembro.

Exerceram pressão sobre o grupo saúde e cuidados pessoais (de 0,32% para 0,46%), artigos de higiene pessoal (0,82%) e remédios (0,30%), enquanto as despesas pessoais (de 0,73% para 0,80%) foram influenciadas pelos salários dos empregados domésticos (0,94%) e cigarro (3,17%). No grupo habitação, os artigos de limpeza (de 0,96% para 1,84%) e os artigos para reparos de residência (0,72% para 1,27%) avançaram em setembro.

Na análise regional, o maior resultado foi registrado em Goiânia (0,52%) e o menor, em Brasília (-0,53%).

A coordenadora de Índices do IBGE destacou ainda que, se o dólar continuar se valorizando em relação ao real, poderá haver impactos nos índices de inflação dos próximos meses. Segundo ela, no entanto, é preciso aguardar.

“Estamos vivendo um momento de muitas incertezas. É preciso esperar para ver se o dólar vai continuar subindo e se ele vai impactar os preços no varejo e quando. Se continuar a alta pode ser que em outubro já se perceba [o impacto]”, afirmou.

Fonte: Agência Brasil

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