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Da ganância chegamos ao pânico', diz Dilma sobre a crise

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta sexta-feira, 10, que a crise financeira é resultado de um processo de busca pelo lucro abusivo, somada a uma ganância bastante elevada. E, de acordo com ela, isso gerou um processo de incerteza, que culminou no pânico generalizado. "Nós chegamos, como disse um articulista do Financial Times, ao pânico. São duas as facetas típicas desta crise: a ganância e o pânico", afirmou, em entrevista coletiva, após participar do Fórum CEOs Brasil-Estados Unidos.

Dilma disse que não há previsão do governo de revisão do PAC para baixo, isto é, as obras do programa não sofrerão cortes de investimentos.Ela disse, porém, que alguns ajustes devem ser feitos por conta dos trâmites a serem cumpridos. Dilma deu como exemplo o caso do trem de alta velocidade que, a partir de agora, será computado como investimento e não mais como projeto.

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia afirmado que as obras, sobretudo as de infra-estrutura, não serão suspensas. "Não haverá cortes de investimentos." E afirmou que seu governo ajudará as empresas brasileiras na obtenção de créditos para as exportações. "Eu converso sobre a crise todos os dias. Esse é meu papel, é ver se temos de buscar saída".

A ministra reforçou a tese de que o PAC tem uma função anticíclica para a economia. Ela citou que somando as obras do setor de energia elétrica (construção de hidrelétrica, mais investimentos da Petrobras) envolverá um grau de investimento muito grande no Brasil.

Ela negou que o Planalto tenha sido procurado por alguma empresa com perdas por conta da crise global e disse ainda que o governo dará garantias de recursos para investimentos.

Dilma garantiu também que os recursos para o BNDES e outros "contratados" serão assegurados  pelo governo. "O governo vai garantir os recursos necessários para os investimentos", afirmou,  reforçando que o Brasil poderá contar com esta segurança na atual fase de trânsito de crise  internacional.

Reação de Lula

Ao ser questionada sobre se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria subestimando o tamanho da crise e os impactos dela no Brasil, ela respondeu: "não vemos por que, no Brasil, devamos disseminar o pânico". A ministra disse que o País tem fundamentos robustos, um volume significativo de reservas, inflação dentro da meta e uma política fiscal "inequivocamente robusta". Ela destacou também que a dívida brasileira não está denominada em dólar como em 1999 e 2002, o que permite afirmar que as condições de transmissão da crise para a economia real são as menores nos últimos 100 anos.

Dilma disse que o governo tem perfeita clareza para avaliar que a crise é séria, precisa ser acompanhada, mas que, ao mesmo tempo, as condições da economia brasileira são sólidas e fortes. "É papel do governo zelar para que ela se mantenha, utilizando todos os instrumentos à nossa disposição", declarou. "Nós vamos precisar irrigar com crédito o Banco Central e o BNDES. O Brasil tem recursos para isso", reforçou.

Ela voltou a dizer que, apesar de seu otimismo, o presidente Lula, em nenhum momento, deixou de se preocupar com a crise. "Pelo contrário, acompanhamos sistematicamente. Mas, neste momento, é necessário muita tranqüilidade para que a gente tenha, em relação à situação, a avaliação mais realista possível, sem deixar que a catástrofe, o catastrofismo, temas muito diferentes e adversos do nosso sistema, nos atinjam. Até porque o nosso sistema financeiro é robusto. Senão seremos presas fáceis do pânico", afirmou Dilma.

Fonte: Estadão

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