O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, afirmou nesta quarta-feira que não há dificuldades para que as prefeituras brasileiras implementem políticas de geração de emprego e renda.

Durante o lançamento do Guia de Geração de Trabalho e Renda, no Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas, ele lembrou que o programa social de maior destaque no país – o Bolsa Família – é desenvolvido há cinco anos e que o prazo estipulado por estudiosos para a identificação de resultados positivos e negativos é de, no mínimo, 20 anos.

"Não há dificuldades (para as prefeituras). Estamos vivendo um processo. O Bolsa Família, reconhecido internacionalmente, é muito recente", afirmou.

Para Patrus, a publicação divulgada nesta quarta-feira em parceria com a Fundação Banco do Brasil facilita o trabalho dos prefeitos, à medida que identifica possibilidades de capacitação profissional e de geração de trabalho e de renda no país.

Mas, para Clerio Back, prefeito de Palmital (PR) – cidade com cerca de 16 mil habitantes –, a possibilidade de investimento por parte dos gestores municipais ainda é muito limitada. Após levantamento realizado em Palmital, Back constatou que, dos 1,4 mil beneficiários do Bolsa Família, mil estão desempregados.

"Foi uma surpresa. Entendo que, com esse guia, se houver disponibilização não só na parte técnica, mas na parte financeira, podemos fazer um trabalho fantástico no nosso município para que essas pessoas que são atendidas pelo Bolsa Família possam, em futuro próximo, serem as próprias geradoras da sua renda. Todas têm essa vontade."

Na avaliação do prefeito, o "grande problema dos municípios brasileiros" é que quase a totalidade de recursos repassados pelo governo federal e pelos estados é destinada unicamente ao custeio de serviços básicos, sobretudo nas áreas de educação e saúde.

"Por mais que o governo federal e o estado nos ajudem, o custeio é o grande problema dos municípios. Você recebe uma obra boa na área de saúde ou educação mas, no dia-a-dia, tem o motorista, o combustível, o pneu. Sobra muito pouco ou quase nada para que a gente promova investimentos que possam gerar renda", disse.

Fonte: Induscom