A economia brasileira abriu 34.818 postos de trabalho com carteira assinada em março, informou o Ministério do Trabalho nesta quarta-feira, 15. Com o número, o estoque de vagas cresceu 0,11% no período, dando continuidade à trajetória de alta retomada em fevereiro, depois de três seguidos de saldo negativo.

De janeiro a março deste ano, o Caged acumula saldo negativo de 57.751 postos de trabalho. No mesmo período de 2008, o saldo era positivo em 554.440. O setor da indústria continuou registrando saldo negativo de geração de empregos em março com 35.775 vagas a menos. Em fevereiro, o saldo da indústria foi negativo em 56.456 postos de trabalho.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, classificou o mês de março como "o mês da virada" na geração de empregos do País e minimizou o fato de, em fevereiro, ter antecipado a previsão de que o Caged de março registraria um saldo positivo de 100 mil empregos. "Às vezes, na nossa avaliação positiva, a gente exagera. Mas ouso afirmar que a minha média de acertos ainda é maior que a média de acerto dos grandes articulistas econômicos", disse.

Em março, a construção civil registrou saldo positivo de empregos de 16.123. O setor de serviços foi o destaque positivo, com 49.280 contratações a mais que demissões. O comércio continuou negativo, com 9.697.

Abril

Lupi afirmou ter indicações de que, em abril, o saldo de contratações e demissões na economia continuará positivo. Evitando antecipar números, o ministro garantiu que há dados suficientes que demonstram recuperação de vários setores da economia. "Em abril, teremos uma curva ascendente na geração de empregos e ouso dizer que muito maior que em março", disse Lupi, após anunciar o saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de março, que ficou positivo em 34.818 postos de trabalho.

Ainda segundo Lupi, em abril, possivelmente a indústria apresentará um dado positivo, já que no mês de março, embora tenha registrado saldo negativo, houve uma redução nas demissões frente às contratações do setor. O saldo negativo da indústria foi de 35.775 vagas em março, enquanto em fevereiro tinha ficado em negativo em 56.456. "A indústria ainda teve saldo geral negativo em março, mas a curva é claramente descendente", afirmou Lupi.

Fonte: Estadão