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Sem acordo, servidores municipais decidem manter greve

Os servidores públicos municipais de Curitiba decidiram, nesta quarta-feira (15), manter a greve da categoria por tempo indeterminado. Reunido com representantes dos servidores, o secretário municipal de recursos humanos, Paulo Schmidt, reafirmou o posicionamento da prefeitura de só discutir um porcentual de reajuste além de 6,5% no segundo semestre. Não houve grande adesão no primeiro dia de paralisação, com 12 das 174 escolas municipais fechadas.

De acordo com a presidente do sindicato dos servidores públicos (Sismuc), Irene Rodrigues dos Santos, a categoria vai intensificar a paralisação nesta quinta-feira (16). Segundo a presidente, os grevistas não têm intenção de fazer piquetes na frente dos prédios públicos para impedir os funcionários de entrar. “Vamos fazer um trabalho de convencimento, conversando com as pessoas para que elas se juntem ao movimento”, disse.

O secretário disse que os grevistas já estão tendo o ponto cortado. Ele disse que se a população for impedida de ter acesso aos serviços públicos, como por exemplo, nas unidades de saúde, o município vai entrar na Justiça contra a paralisação. Os grevistas pretendem se concentrar na Praça Rui Barbosa a partir das 11 horas. Uma nova rodada de reunião está marcada para as 14 horas.


Reflexos

De acordo com o Sismuc e o Sismmac (sindicato dos servidores do magistério), diversos serviços, como educação, abastecimento, saúde e assistência social, foram prejudicados no primeiro dia da greve. Para a prefeitura, no entanto, o reflexo para a população é considerado pequeno (veja o quadro).

Segundo a assessoria de imprensa da secretaria de Recursos Humanos, das 174 escolas municipais, 12 estariam sem atendimento nesta manhã. Além disso, apenas um Centro Municipal de Ensino Infantil (CMEI), dos 164 existentes na cidade, estaria de portas fechadas. Nas unidades de saúde, segundo a prefeitura, há atendimento em todos os 133 postos, embora em cinco deles o efetivo esteja reduzido. Demais serviços, como Ruas da Cidadania, Fundação de Ação Social (FAS), Mercado Municipal, Armazéns da Família e Guarda Municipal, estariam funcionando normalmente, informou a administração municipal.

Passeata

Os professores e servidores em greve realizaram uma passeata pelas ruas de Curitiba. O grupo, estimado em 1,5 mil pela Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran), se reuniu na Praça Santos Andrade, no Centro, e caminhou em direção ao prédio da prefeitura, no bairro Centro Cívico. Lá esperaram até às 14 horas, quando um grupo de representantes foram para reunião com os secretários municipais de recursos humanos, Paulo Schmidt, e do governo municipal, Rui Hara.

Reivindicações

Enquanto os funcionários pedem aumento de 39,52%. Segundo os sindicatos, o reajuste pedido pela categoria corresponde às perdas acumuladas nos últimos dez anos – que chegariam a 14,6% –, além da recuperação anual da inflação.

Irene diz que os trabalhadores aceitariam o parcelamento do reajuste em até dez vezes, mas a prefeitura teria agido de maneira “intransigente e sem boa vontade para negociar”. Para a categoria, o aumento seria possível com a redução dos gastos administrativos da máquina pública e o corte de cargos comissionados.

Os 38 mil servidores municipais, ativos e inativos, têm garantido um reajuste salarial de 6,5%, aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal, que será pago em parcela única, a partir de abril. O secretário Paulo Schmidt disse que um novo valor só pode ser discutido no segundo semestre. "Só depois deste período teremos uma panorama da economia e dos reflexos da crise mundial", explicou.

Fonte:Gazeta Online

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